terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Bom Ano de 2014

Frank Melech
Prestes a encerrar mais um ano, venho por este meio agradecer sensibilizada a todos os meus leitores, amigos, seguidores e aos anónimos que me visitaram ao longo do ano  que caminha para o seu términus.
Espero tê-los novamente neste ano novo que se avizinha, e que a paz brilhe nos nossos corações.
A todos muito obrigada!
Bom ano de 2014

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

hoje não é dia para estar triste

Ricardo Fernandez Ortega

hoje não é dia para ficar triste.    hoje não!   e no entanto lá fora, o frio devora o que subsiste do escasso calor (humano) e não só. depois vem outro dia.   outra noite, não tarda, outra rua, e mais outra, quiçá, outro País, outra cama feita de papelão, debaixo de alguma ponte, ou de um singelo vão de escada.  hoje não é dia para ficar triste, não podes, não podes, não deves.   e o frio congela todos os sentidos e todos os corpos, vivos e semi vivos.    e fecha os olhos, fecha.   e dizem que é natal, e que já não lhe diz nada.      nada.
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©Piedade Araújo Sol 2013-12-24


terça-feira, 17 de dezembro de 2013

O mar será o meu refúgio

Jm Overbeek

Tenho uma raiva, que embuço,
transformada por vezes,
nas lágrimas que ninguém vê,
amo um País que não cabe em mim.


Tive um País que não me quis.
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©Piedade Araújo Sol 2013-12-17

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Ainda existe lugar para nós

Susan Rios

Quanto te sonho,
em forma de nuvens delirantes,
em espasmos a embargar a chuva,
todo o meu corpo em transe se arrepia,
e os meus dedos ágeis
rabiscam no vento.
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O teu nome feito gota,
a cair irrequieto na terra,
como se a secura de mim,
absorvesse toda o orvalho,
que na irradiação nocturna não estivesse
saciado.
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Mas eu prefiro sonhar-te em forma de areia e sol,
e quando o Inverno chegar,
o calor que guardei na reserva do meu coração,
será o afago que reterei nas minhas mãos,
a lembrar as carícias e delícias,
dos corpos em desalinho

© Piedade Araújo Sol 2013-12-10

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terça-feira, 3 de dezembro de 2013

e a luz não existe quando as palavras faltam

Baptiste Llobell

Transportavas histórias para contar
nas palavras, que dizias
despedaçavam a neblina da tarde,
a cair premente sobre a  cidade.

Os oceanos são todos iguais, dizias,
e eu entendia que não era assim,
mas, se calhar, ate tinhas razão, admitia,
sorrindo, em ver, como tinhas crescido.

E quando a noite caiu,
e não havia luz em parte alguma,
eu fiquei na escuridão, embora a serenidade
esvoaçasse no ar.

E se a luz não existe quando as palavras faltam.
fica a esperança a exaurir,
memórias,que circulam em catadupa,
na vastidão do mar (imenso)
que te separa de mim.
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©Piedade Araújo Sol 2013-12-03