Alvoradas de sal
Desfiz a noite em fragmentos suaves
e as estrelas desabaram nas minhas mãos
resplandecendo .
As areias da praia revolutearam
Indefesas e delirantes.
E no pontão da praia a maresia serpenteava
As palavras - dispersas – sussuram.
A noite encolerizada escudou-se na lua
E ao longe o mar cantarolava
A ária dum poema embriagado
De memórias azuis
Emoldurado nas constelações
Que se fizeram
Dia
E sonho Fevereiro em alvoradas
De
Sal.
©Piedade Araújo Sol 02-02-2010
Imagem:Ruslan Bolgov
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