A Espera
Cadenciada – os ponteiros pachorrentos
Os segundos
Minutos
Horas
Ao longe
Os carros que passam
Velozes com gente dentro.
E agora
O nó que se enrodilha
Lento – asfixiante
Negro
A laringe dilacerando .
As palavras quietas – caladas na tarde
Na espera que espera
E morre anunciada
No relógio da torre – além
Da igreja encerrada.
E na noite os passos ressoam nas pedras
Nuas – gastas
Nas sandálias – dela - resquícios de areias
Areias que se escoam no tempo – no destempo
Da espera.
E agora
A noite longa …sem espera.
Os segundos
Minutos
Horas
Ao longe
Os carros que passam
Velozes com gente dentro.
E agora
O nó que se enrodilha
Lento – asfixiante
Negro
A laringe dilacerando .
As palavras quietas – caladas na tarde
Na espera que espera
E morre anunciada
No relógio da torre – além
Da igreja encerrada.
E na noite os passos ressoam nas pedras
Nuas – gastas
Nas sandálias – dela - resquícios de areias
Areias que se escoam no tempo – no destempo
Da espera.
E agora
A noite longa …sem espera.
Foto:robert lubański