quarta-feira, 25 de julho de 2007
sexta-feira, 20 de julho de 2007
.....
esta areia que me escorre nas mãos, leva meu olhar a seguir o mar
azul
estou aquém do oceano, e esta praia nunca será minha
nem nossa
sou uma estrangeira
na minha terra
nem oiço as ondas que batem e salpicam
meus pés descalços
e o vento brinca com os meus
cabelos louros amarrados com uma fita amarela….
Ah! Soubesse eu voar!
Mas só sinto as gaivotas
e fico aqui com a areia escorrida
e minhas mãos abertas com os dedos
a querer segurar resíduos de algo
azul
estou aquém do oceano, e esta praia nunca será minha
nem nossa
sou uma estrangeira
na minha terra
nem oiço as ondas que batem e salpicam
meus pés descalços
e o vento brinca com os meus
cabelos louros amarrados com uma fita amarela….
Ah! Soubesse eu voar!
Mas só sinto as gaivotas
e fico aqui com a areia escorrida
e minhas mãos abertas com os dedos
a querer segurar resíduos de algo
que inundam a dor de ter que ir
e querer ficar….
e querer ficar….
...........................
(foto de:Rita Silva
terça-feira, 3 de julho de 2007
Epitáfio
Respeitem o meu
sono não granjeado
Só tenho ecos desvanecidos
Nos confins das montanhas
E engulo este nó
Que se formou na faringe...
Estou no limbo
Tenho todas as lágrimas
Que não chorei
A inundarem-me a alma...
Quando morri não sei!
Talvez esteja em coma
Num sonho baço
Que denomino de morte...
Morri!
Numa peripécia de raiva
Nos dedos cavados
Na incerteza dos dias
Gotejando geadas...
Nunca tive certidão de nascimento
Não terei a de óbito
Quando morri
Não sei!
Sei que morri!...
sono não granjeado
Só tenho ecos desvanecidos
Nos confins das montanhas
E engulo este nó
Que se formou na faringe...
Estou no limbo
Tenho todas as lágrimas
Que não chorei
A inundarem-me a alma...
Quando morri não sei!
Talvez esteja em coma
Num sonho baço
Que denomino de morte...
Morri!
Numa peripécia de raiva
Nos dedos cavados
Na incerteza dos dias
Gotejando geadas...
Nunca tive certidão de nascimento
Não terei a de óbito
Quando morri
Não sei!
Sei que morri!...
(Foto:Luís Miguel Mateus)
domingo, 1 de julho de 2007
utopias..
Atropela-me a razão e os sentidos
Fico em estado catatónico
Abandono quem sou
Quem fui
Quem serei
Fico assim patética desfolhando
utopias feito pétalas...
Sentada nos degraus
desta escada de silêncios
que não me leva a trilho nenhum
Por isso hoje vou sair
ao sabor do desatino
Vou desenhar uma voz
um sorriso
nas águas mansas do riacho
Estou a repetir-me....
És mesmo parva ninguém pode desenhar
vozes
muito menos sorrisos
nas águas de nenhum riacho....
Atropela-me a pressa descalço as sandálias
Esqueço as aguarelas
Sento-me na berma do riacho
afinal....
Nada é utopia
A voz é a minha
O sorriso é o meu...
Fico em estado catatónico
Abandono quem sou
Quem fui
Quem serei
Fico assim patética desfolhando
utopias feito pétalas...
Sentada nos degraus
desta escada de silêncios
que não me leva a trilho nenhum
Por isso hoje vou sair
ao sabor do desatino
Vou desenhar uma voz
um sorriso
nas águas mansas do riacho
Estou a repetir-me....
És mesmo parva ninguém pode desenhar
vozes
muito menos sorrisos
nas águas de nenhum riacho....
Atropela-me a pressa descalço as sandálias
Esqueço as aguarelas
Sento-me na berma do riacho
afinal....
Nada é utopia
A voz é a minha
O sorriso é o meu...
(Foto de:Graça Loureiro)