eram tão jovens
eram tão jovens. ainda tão jovens. em cada dedo traziam um sonho na velocidade das palavras. apenas palavras. traziam em cada dedo cravos rubros, que se perderam no tempo. no destempo de outro tempo sem tempo. era abril dum ano, um outro ano,do ano em que em cada dedo traziam um sonho silente.
sonhos destapados
cravos amputados
cravos em sangue
em mágoa
em raiva
abril de cores desbotado
correndo
célere em precipícios cavados, encontrados
sonhos moribundos
lunáticos - talvez.
eram potros selvagens
eram tão jovens, ainda tão jovens.
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Foto:Jaronimo