Não sei do teu nome
Propositadamente,
quis esquecer um nome
(o teu).
quis esquecer um nome
(o teu).
E ilegíveis letras, em fragmentos
enlouquecidos,
inundaram a praça, repleta de árvores
da sumaúma. *
enlouquecidos,
inundaram a praça, repleta de árvores
da sumaúma. *
Teu nome foi sepultado, sob líquenes e pedras.
Algures.
Não o lembro mais!
Provavelmente, um dia, os arqueólogos
encontrarão resquícios de meteoritos, que os
levarão
a uma pesquisa infindável e sem sucesso
aparente.
Algures.
Não o lembro mais!
Provavelmente, um dia, os arqueólogos
encontrarão resquícios de meteoritos, que os
levarão
a uma pesquisa infindável e sem sucesso
aparente.
Respiro o ar asfixiado da manhã.
Coloco flores frescas num vaso de terracota,
fronteiro à janela, que dá para a praça.
Coloco flores frescas num vaso de terracota,
fronteiro à janela, que dá para a praça.
Não sei do teu nome.
©Piedade Araújo Sol 2009-08-18
Imagem : Laura Zalenga
Etiquetas: Piedade Araújo Sol, poesia, Reeditado