Hoje sinto o silêncio
Marc Lafontan.
Hoje
sinto o silêncio a desenhar o tempo,
num frio que me estorva os movimentos,
pintando-os de vento e sombra.
num frio que me estorva os movimentos,
pintando-os de vento e sombra.
É
a primavera, que teimosa ausenta-se de
mim ,
e esborrata-me o desenho,
que já nem é colorido nem cintilante.
e esborrata-me o desenho,
que já nem é colorido nem cintilante.
O
tempo equivocou-se,
as cores pálidas estão zangadas,
tresmalhadas no tempo.
as cores pálidas estão zangadas,
tresmalhadas no tempo.
Nos passos perdidos nas águas,
que inundam a rua revoltosas ,
curiosas e desprotegidas.
Caída do cimo da árvore,
além uma folha no chão,
moribunda , sem réstia de verde.
Já sucumbiu,
envergonhada e sem memória,
jaz reflectida na água estagnada.
O meu desenho hoje é apenas silêncio,
desnudo, a desenhar o tempo frio ,
que nem lembra que é primavera.
.
©Piedade
Araújo Sol 2014-03-24