o vestido novo
O vento asfixia os plátanos da praça,
e a cortina oscila subtilmente,
sobre a alvorada que desponta,
com odor a terra molhada.
Visto-me tranquilamente,
na penumbra do quarto,
e um frio sulca-me a pele,
que se contrai desprotegida.
Saio para a rebeldia do dia,
com os olhos transbordantes,
de luz e serenidade,
silenciosa com passos meninos.
Percorro os meus dedos na fímbria do vestido vermelho (novo)
que nem reparaste,
na urgência da saudade.
.
e a cortina oscila subtilmente,
sobre a alvorada que desponta,
com odor a terra molhada.
Visto-me tranquilamente,
na penumbra do quarto,
e um frio sulca-me a pele,
que se contrai desprotegida.
Saio para a rebeldia do dia,
com os olhos transbordantes,
de luz e serenidade,
silenciosa com passos meninos.
Percorro os meus dedos na fímbria do vestido vermelho (novo)
que nem reparaste,
na urgência da saudade.
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