A menina dos olhos cor de mar
Desenhaste a menina dos olhos cor de mar.
Era assim que se chamava a tela
Talvez fosse mais correto a menina dos cabelos de mar
Mas os cabelos não se querem azuis (ou verdes) e os olhos podem ser
apenas um erro de genética.
A menina brinca com os olhos no VER, azul sem ser azul, apenas mar
e pinta cores, dança em palcos – vazios de VER e sentires,
mas onde o sorriso ainda se dilata para além do mar.
E, nós mudámos.
Os caminhos entreolharam-se espantados sem saber os rumos,
e as rotas ficaram aquém no mapa dos sentidos desatentos.
A poesia é uma ilha pensava ela,
e ela nunca sente sequer nostalgia,
apenas um espanto intraduzível em palavras.
Afinal
a paleta tem todas as cores, tem todos os azuis, tem todos os matizes,
mas,
está arrumada sem culpas, no fundo dum esboço que tu esqueceste,
esboço apenas, mais nada relevante,
nem a poesia do teu desenho em que figurava a menina dos olhos cor de mar.
Talvez fosse mais correto a menina dos cabelos de mar
Mas os cabelos não se querem azuis (ou verdes) e os olhos podem ser
apenas um erro de genética.
A menina brinca com os olhos no VER, azul sem ser azul, apenas mar
e pinta cores, dança em palcos – vazios de VER e sentires,
mas onde o sorriso ainda se dilata para além do mar.
E, nós mudámos.
Os caminhos entreolharam-se espantados sem saber os rumos,
e as rotas ficaram aquém no mapa dos sentidos desatentos.
A poesia é uma ilha pensava ela,
e ela nunca sente sequer nostalgia,
apenas um espanto intraduzível em palavras.
Afinal
a paleta tem todas as cores, tem todos os azuis, tem todos os matizes,
mas,
está arrumada sem culpas, no fundo dum esboço que tu esqueceste,
esboço apenas, mais nada relevante,
nem a poesia do teu desenho em que figurava a menina dos olhos cor de mar.
Ou tão somente EU
©Piedade Araújo Sol 2013-08-19
©Piedade Araújo Sol 2013-08-19