Sopro
não sei quando, mas fechei meus olhos
ofuscados pela ternura, e num ápice
encontrei-me num tempo fora de tempo
cheio de encanto formado
momento que nunca ficou ausente
esse sol veio me aquecer o corpo
acordou o sentir do coração
sedento de paz
num sopro arrebatado de volúpia
no lugar certo, ou no lugar errado
as luas passaram, e o luar desceu
na planície, iluminando a erva fresca
nos prados tão verdes como
um olhar amedrontado
pelo sopro que balançou
o sentir do coração
estremeceu…
(Nota: este poema pode ser lido nos dois sentidos
de cima para baixo ou vice-versa)