Viver
Custa viver assim às apalpadelas
à espera de coisa nenhuma
os dias são estradas sem saída
e já não há sonhos
só um sofrer sem som
uma mágoa serena e tranquila
um egoísmo compartilhado
entre seres humanos.
à espera de coisa nenhuma
os dias são estradas sem saída
e já não há sonhos
só um sofrer sem som
uma mágoa serena e tranquila
um egoísmo compartilhado
entre seres humanos.
Custa viver assim às apalpadelas
quando não existe motivo nenhum
para coisa nenhuma
e onde há música algures
rostos desiguais desfiando sorrisos
em espaços volúveis
cheios de tédio disfarçado.
quando não existe motivo nenhum
para coisa nenhuma
e onde há música algures
rostos desiguais desfiando sorrisos
em espaços volúveis
cheios de tédio disfarçado.
Custa viver assim às apalpadelas
sofrendo tranquilamente
numa tarde quente de Junho.
sofrendo tranquilamente
numa tarde quente de Junho.
© Piedade Araújo Sol (Junho 2005)
Imagem : Viktoria Haack
Etiquetas: Piedade Araújo Sol, poesia