Libertar-me
Seria matar este sonho
Do qual nem sei se quero ou posso.
Na morte
Feneceriam as garras que me asfixiam
E me perdem nas certezas
Das incertezas – minhas.
Deixo a liberdade de ter (sem querer)
Sonhos antigos
Rendilhados com rumos novos.
Afago nas mãos carinhos idos
Que me envolvem na memoria finda
os dias consumidos.
Meus pés ligeiros
Dançam ao som
Duma melodia anunciada
Nos confins das utopias.
E na libertação
Tenho um sonho –meu
Apenas.
©Piedade Araújo Sol
Costa 2011-10-25
Foto: shawrus