Ninguém é capaz
Ninguém é
capaz, nem mesmo à lupa,
De te ver
como só eu te vejo
Quando
sorris e o teu rosto se ilumina
É como se
o sol apenas brilhasse para mim
Mesmo
quando, raramente,
O teu
olhar se cala e parece que nada traduz,
Eu vejo o
teu interior claro e comedido
No mais
ínfimo dos detalhes
Todos te
conhecem mas não sabem
As
qualidades que de ti me sulcam
E os
defeitos que em mim soçobram
Só eu sei
– tu, nem por sombras sonhas -
Da
transparência iluminada da tua beleza
Quando,
de tão rendida, olho para ti
© Piedade
Araújo Sol 2012-03-27