Poema ao sabor do vento
Numa tarde de vento,
parecendo um lamento,
compondo o poema que criei.
Era verão, e lentamente,
presa à incerteza, acreditei
na espera esperançosa.
Mas o momento era apenas
um poema desenfreado,
louco, entre cinzas, renascendo.
A memória traduz um sonho,
que o ensejo compreendeu,
e meu poema então nasceu.
Vi pássaros a voar em liberdade,
às vezes em voo alterado,
outras, em ritmo equilibrado.
E vi meu poema ser levado pelo vento,
sem dó nem piedade,
sem mentira nem verdade.
© Piedade Araújo Sol
Imagem : Brooke Shaden
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