Faz tempo que não voltava ao teu cais.
Sabes, tudo está modificado.
Nada é como foi no teu tempo.
No tempo em que tu olhavas o mar,
sabias como seria o dia
e a saída dos pescadores para a faina.
Olhei e já não vi os barcos daquele tempo.
Alguns estavam atracados,
como se despedaçassem em lágrimas.
Alguns completamente inúteis,
outros, esperando melhores dias,
na calmíssima erosão deles.
Uma luz apressada surgiu,
e fechei os olhos, pois acho que me correu
um pouco do sal das marés,ou um cisco salgado
se afogou nos meus olhos, e no meu ser,
traduzido em saudades.
©Piedade Araújo Sol 01-09-2025
Imagem : Michal Zahornacky
E vivemos a saudade dos tempos...
ResponderEliminarBeijos e abraços
Marta
As saudades corroem-nos. Escreve ajuda.
ResponderEliminarUm abraço.
Πολυ όμορφο και μελανχολικό!
ResponderEliminarEs muy bello poema. Te mando un beso.
ResponderEliminarBoa noite Pity,
ResponderEliminarUm poema sublime que muito apreciei.
Tempos outros, de que hoje restam apenas as saudades, que fazem doer.
Um bejinho e feliz setembro.
Emília
A vida vai dando voltas ... o tempo não termina ,só muda de lugar.. Importa mesmo Pity é que depois do inverno a primavera cobre novamente de cores ,os campos.
ResponderEliminartambém te abraço, novamente.
Boa noite de paz, querida amiga Pity!
ResponderEliminarFiquei percorrendo seu poema e revendo o que aqui contemplo numa certa parte da cidade.
Alguns barcos estão atracados talvez chorando... como você poetou, pelo abandono...
Tenha um setembro abençoado!
Beijinhos fraternos
Sublime e melancólico poema...
ResponderEliminarA vida, com os dedos da memória, vai escrevendo todas os momentos marcantes no livro do percurso da vida.
Por vezes a saudade, surgindo de rompante, enche o coração com recordações,tocantes, de outrora...nascendo o poema!
Beijinho e óptimo dia com paz e saúde,Pity.😘
Olá querida Piedade! Oh, querida Piedade... eram outros tempos! Eram outros tempos. Tempos que levam à saudade. Quando olhamos para essas coisas, já velhas... e lembramos aquilo que foram. Como a compreendo neste poema. Abraços! 🤗
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