Desse amor, puro e, no entanto, sensual,
agridoce e quase cítrico,
aromático como a terra molhada,
e que ficou doendo cá dentro.
Foi quase uma honra caminhar contigo,
em silêncio — como quem não sabe
nem quer saber
do que pode ou vai acontecer.
Seremos reais, talvez...
ou apenas mundo de palavras,
enroladas no peito
de uma estória por contar.
Ou o poema que ainda não foi escrito:
com palavras leves ou intensas,
enredos suaves ou selvagens,
sobrevivência de sentires.
E ficou aquele abraço tão terno,
as mãos entrelaçadas,
as ruas calcorreadas,
os enigmas desentrançados.
Sempre que quiseres,
solta o sentir — eu sei ouvir;
e, se tiver que ser,
também sei calar.
© Piedade Araújo Sol 2025-07-29
Imagem :Ilya Kisaradov
A harmonia, o entrelaçar das emoções e sentimentos...
ResponderEliminarLindo...
Beijos e abraços
Marta
E a seguir a um inesquecível Sorriso vem esta Sobrevivência de Sentires que nos convida a falar do que sentimos... Ou talvez não sejamos nós, leitores, que somos convidados a partilhar sentires e eu apenas me tenha entusiasmado com a ideia...
ResponderEliminarUm dia feliz para si, querida Piedade Sol
Sabe-se quase por intuição,
ResponderEliminarexperiência, mímica gestual...
A sobrevivência carece de alimento
Isso emerge da "terra molhada"
O amor o amor não pode morrer
à sede
por vontade expressa decidida
Ele aflora na última estrofe
Li, com muito gosto, o filme que se adivinha no curso do poema.
Bj.
Tem algo bonito em caminhar assim, silenciosamente, sem prometer _ uma nova forma de sentir., de falar ,de ouvir ou apenas estar .No silencio fica sempre aquela saudade sem lembrança. E concordo com o Agostinho_ não morre.
ResponderEliminarBonito poema, Pity
É bom esse silêncio que sabe ouvir que sabe ficar entre o dito e o não dito, que sabe sentir as palavras enroladas no peito e deixar que elas se soltem para se transformarem em aves libertas de sombras. Tão belo que me sensibilizou, minha Amiga Piedade.
ResponderEliminarTudo de bom.
Um beijo.
Boa tarde Pity,
ResponderEliminarUm poema tão belo que me comoveu.
Apreciei imenso como falou de sentires ainda presos no peito ou enrolados nas palavras, mas que fizeram doer.
Um amor assim, só pode sobreviver e continuar a morar nos corações de quem ainda se ama.
Beijinhos, Pity, e continuação de boa semana.
Emília
Soberbo e emoci..onante poema!
ResponderEliminarUm amor puro nunca morre, apenas
adormece nos braços da saudade, acordando mais forte e profundo, quando a a dor intensa da saudade o despertar!...
O amor verdadeiro nunca morre!
Adorei o poema!
Beijinho e óptimo fim de dia, Pity.😘
O texto, bonito por sinal, nos fez, a todos, falar o que achamos. Valeu!!!!
ResponderEliminarQueria tanto dizer mais alguma coisa, Piedade! Mas o poema, como diz a amiga Graça, o poema nos sensibiliza.
ResponderEliminarNão há noites ou dias que apaguem da memória este "sentires".
Beijinhos, Pity!
José Carlos
Olá querida amiga Pity!
ResponderEliminarFicou sim aquele abraço diferenciado, aquele entrelaço de mãos apertadas e cheias de frisson.
Lindo poema!
Tenha dias abençoados!
Beijinhos fraternos de paz
Me gusto tu poema. Te mando un beso.
ResponderEliminarOlá querida Piedade! Mais um belíssimo poema seu, como já nos acostuma. Saber ouvir e calar, qualidades importantíssimas! Abraços! 🤗
ResponderEliminarO poema tem essa magia
ResponderEliminarde retratar uma relação tida
Beijinho
Πολύ όμορφο ποίημα Piedade!
ResponderEliminarLindo poema minha amiga!
ResponderEliminarE esse: agridoce quase cítrico, foi muito inteligente.
Você sempre se supera.
Sobrevivemos... de vez em quando.
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