terça-feira, 14 de outubro de 2025

Anotação

Fiamos o destino
como quem cose ausências —
o fio cansa, mas não quebra.

O vento traz memórias,
e há voltas que regressam
ao mesmo casulo.

Há dias, quando o ruído
rasga o silêncio,
já não sei o que é mais suportável

©Piedade Araújo Sol 2025-10-13
Imagem :parvana photography

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13 Comentários:

Blogger Marta Vinhais disse...

O silêncio ou o ruído... por vezes, o ruído assusta-nos...
Beijos e abraços
Marta

terça-feira, 14 outubro, 2025  
Blogger lis disse...

Bendito o vento a nos regressar ao casulo para proteger nossas asas antes dos voos. O silêncio cansa-me, prefiro os ruídos. Beijinho Pity

terça-feira, 14 outubro, 2025  
Blogger J.P. Alexander disse...

Lindo poema. Te mando un beso.

quarta-feira, 15 outubro, 2025  
Blogger Olavo Marques disse...

Olá querida Piedade! Mais um poema delicado e profundo, como já nos habitua. É uma poeta absolutamente magnífica. 👏🏼👏🏼 Abraços! 🤗

quarta-feira, 15 outubro, 2025  
Blogger Emília Simões disse...

Bom dia Piedade,
Magnífico poema!
Vamos desfiando a vida como quem desfia um casulo, mas a vida permanece firme e regressa ao casulo sempre que nos queremos proteger dos ruídos.
Beijinhos, Pity, e um lindo dia.
Emília

quinta-feira, 16 outubro, 2025  
Blogger Agostinho disse...

Li o poema e nele revi a intermitência dum estado de alma comum, real e tão poético da humanidade. Bem cerzido, Piedade.
"O fio cansa" a vida
afunda a pele de regatos,
com ponto e nós cose a memória
no sopro infindo mas efémero
que cessa na foz,
em silêncio absoluto
A vida tem nascente e foz
Bj.

quinta-feira, 16 outubro, 2025  
Blogger maiordesessenta disse...

Lindo poema!
"O vento traz memórias" e torna a ausência mais dolorosa...

Mena

quinta-feira, 16 outubro, 2025  
Blogger Pedro Luso de Carvalho disse...

Amiga Piedade, excelente poema, muito sensível e
nele toda a verdade. Gostei imenso.
Uma ótima sexta feira!
Beijo, amiga.

sexta-feira, 17 outubro, 2025  
Blogger Mona Lisa disse...

Boa tarde, Pity.
O teu soberbo poema, aborda o peso da ausência, a reincidência das memórias e a fragilidade emocional perante as adversidades da vida.

Mais um belíssimo poema, Pity.

Beijinho e uma tarde de paz e saúde.😘

sexta-feira, 17 outubro, 2025  
Blogger Ana Lucia Nicolau disse...

lindo poema... bom final de semana! bj

sexta-feira, 17 outubro, 2025  
Blogger Parapeito disse...

Olá :)
Mais um belo e sensível poema.
E tem alturas em que o ruído faz eco.
Gostei muito´
A fotografia é linda.
Abraço e brisas doces ****

sábado, 18 outubro, 2025  
Blogger Graça Pires disse...

Há uma linguagem nas arestas do destino, onde se inscrevem as quedas e os recomeços e os silêncios se escondem. Magnífico poema com uma fotografia muito sugestiva.
Tudo de bom.
Um beijo.

segunda-feira, 20 outubro, 2025  
Blogger CCF disse...

Há dias de sombra em que estamos a esse passo de quebrar. Escrever tristeza é bom, alivia.

quarta-feira, 22 outubro, 2025  

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