No fio das recordações
No pontão da praia tento descortinar,
um fio condutor que nasceu no meu Eu,
com vontade de ser,
e estar aqui onde respiro a cor do momento.
Questiono onde estão as minhas raízes fundas,
os amigos que partiram e nunca mais regressaram,
que suportaram meu abraço,
meu sorriso constrangido naquele momento.
E eu com este mar todo em meu olhar,
esta cor azul que me inunda fascinante,
e a maresia que me cicia incógnita,
que breve o azul se transformará em cinzento.
E deixo-me dissolver em recordações,
entrelaço fios de melancolia,
em troca de abraços e olhares,
que ainda me faltam dar e receber.
© Piedade Araújo Sol 2024-10-15
Imagem : Michelle Ellis
Etiquetas: Direitos de autor, Piedade Araújo Sol, poesia
3 Comentários:
A vida continua, alguém há-de merecer os nossos abraços.
E haverá novas recordações... feitas de saudades, de risos e paixões.
Beijos e abraços
Marta
Boa tarde Piedade,
E a vida continua, outros abraços, outras recordações que virão colmatar as que se foram.
Belo poema que muito apreciei.
Beijinhos e uma boa semana, Pity.
Emília
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