terça-feira, 24 de setembro de 2024

quando o fogo alastra___

de que cor será a mortalha
estilhaçada em todas as cores pintadas de fogo
dos ventos impiedosos
que resvalam na fúria do lume
que alastra e consome tudo num ápice.

por quem toca o sino a rebate
pelos heróis inocentes que lutaram
vidas perdidas ___ famílias em sofrimento
lágrimas sem cor__ se a tivessem
seria vermelho ___ da mesma cor do fogo.

e agora sobra um manto de cinzas
grotescamente adornado
de revolta com mágoa e dor
uma dor surda que é de todos nós
e o fim do suplício que parece não ter fim.

as palavras não servem para apaziguar
quando o fogo alastra no meu País.

Autor : ©Piedade Araújo Sol 2024-09-18
Imagem : Kelly Tan

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4 Comentários:

Blogger Marta Vinhais disse...

Porque a palavra não consola a dor, a tristeza que enche a alma...
Belo como sempre....
Beijos e abraços
Marta

terça-feira, 24 setembro, 2024  
Blogger " R y k @ r d o " disse...

Bom dia;- uma tragédia tão grande, deslumbrantemente poetizada. Deixo o meu elogio e aplauso ao poema e a minha condenação aos/às incendiários.
.
Saudações poéticas e amigas
.

terça-feira, 24 setembro, 2024  
Blogger brancas nuvens negras disse...

Uma homenagem a que me associo.

terça-feira, 24 setembro, 2024  
Blogger Ailime disse...

Boa tarde Piedade,
Um poema muito tocante e belo que foca um tema tão atual que fica gravado no coração de todos nós e, especial ,nas famílias das vitimas e dos que viram seus bens transformados em cinza.
Dores que as palavras não apaziguam, mas que revelam a sensibilidade da Poeta.
Um beijinho,
Emília

terça-feira, 24 setembro, 2024  

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