Não voltarei
Marcela Bolivar
Não voltarei ao local
onde a casa grande se alçava majestosa
e cheia de mistérios por desvendar.
Não voltarei jamais a ver
o monte de ruínas desamparadas
em que se transfigurou.
onde a casa grande se alçava majestosa
e cheia de mistérios por desvendar.
Não voltarei jamais a ver
o monte de ruínas desamparadas
em que se transfigurou.
Tenho pena de ter deixado passar certos momentos
e que não os tenha vivido na sua plenitude
ou pelo menos, perlongado o olhar
com olhos de VER.
e que não os tenha vivido na sua plenitude
ou pelo menos, perlongado o olhar
com olhos de VER.
Não apreciar as ervas daninhas que nasciam
nas bermas da estrada
soltas e desenfreadas
e que mais tarde, algumas
até se transformavam em belas flores.
nas bermas da estrada
soltas e desenfreadas
e que mais tarde, algumas
até se transformavam em belas flores.
Sem nome, nem amarras a acorrentar-me
deambulo meus passos por trilhos
completamente desconhecidos para mim
e não me importo
na minha sede de querer agarrar o tempo
quero descobrir o porquê das coisas
que acontecem no meu mundo e que eu não sei
não sei nada, ou quase nada.
deambulo meus passos por trilhos
completamente desconhecidos para mim
e não me importo
na minha sede de querer agarrar o tempo
quero descobrir o porquê das coisas
que acontecem no meu mundo e que eu não sei
não sei nada, ou quase nada.
E vou
não tenho medo
e mesmo que tenha
vou com medo
mas vou na mesma.
não tenho medo
e mesmo que tenha
vou com medo
mas vou na mesma.
© Piedade Araújo Sol 2019-05-06
11 Comentários:
Eu vou na mesma ingenuidade ver.
Afinal, nas ingênuas ervas marginais
há um mundo por desvendar.
Não nos faltem olhos e coragem.
A Poeta fala daquilo que sabe esquecido, coberto pelo véu do tempo, nas margens para lá do imediato.
Beijo, Piedade Sol.
É importante dar esse passo... Apesar do medo que é estarmos a enfrentar o desconhecido...
Lindo...
Beijos e abraços
Marta
O medo é natural. Superá-lo é necessário
Excelente poema! Amei...Parabéns!
*
Quantas vezes me culpo pela chuva que cai
Beijo. Boa noite!
Vai, sim, é lá o mundo...
abraço Piedade
Bom dia. Maus um poema excelente :))
Hoje :-As estradas são como os sentimentos, inconstantes
Bjos
Votos de uma óptima Quarta - Feira
Quase tudo se conquista
Bj
Vá em frente. Nada pior do que o arrependimento por algo que se não fez.
Abraço e bom fim-de-semana
Há casas inesquecíveis onde se mergulham perenemente as nossas raízes...
Porém, há uma altura em que o mundo exerce uma forte e fatal atração.
Lindo poema, que denota a sua rara sensibilidade e capacidade de poetizar os mais puros sentimentos.
O meu abraço, com a admiração de sempre.
~~~~~~~
Pois é, é sempre bom inaugurar caminhos. É deles que o teu destino flui. É neles que sempre poderás cantar, quando sentires que deverás fazê-lo porque o teu peito pede... É neles que poderás achar novas auroras...
Beijinhos, Piedade!
Uau!
Diria um Poema de essência Universalista, na medida em que foca fases da vida humana, genericamente de cada um/a de nós, como viver superficialmente _ sem a devida plenitude _ "Não apreciar as ervas daninhas"... quando "...mais tarde,algumas até se transformam em belas flores."
Mas também um Poema muito pessoal, na medida em que nem toda/os nós enfrentamos os nossos próprios medos e na circunstancia a Piedade enfrenta-os.
Tudo isto é muito belo, inspiradoramente belo.
Parabéns
Beijos
VB
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