metáforas em mim
Ben Zank
quando amanhece,
eu já transpus todas as madrugadas,
e todos os sonhos adormecidos em mim.
quanto entardece,
eu já senti o descambar morno
de mais um dia extraviado em mim.
quando anoitece,
eu sei que vou para o povoado
dos rabiscos e das metáforas em mim.
A escapulir-me nas manhãs,
nas tardes
e nas noites,
eu desembaraço os riscos das metáforas dispersos em mim….
©Piedade Araújo Sol 2008-08-19 (reeditado)
16 Comentários:
há uma não-metáfora
a que não escapas
o sorriso triste
de um menino
a pisar
descalço
esse teu asfalto
Piedade ... dispersos em si versos compondo um poema de leitura agradável!
bj
E assim nascem as belas inspirações... nos intervalos do tempo... e das nossas vivências... e quando se tem oportunidade, de transpor as mesmas, para o papel... por mim, falo... que já tenho deixado escapar algumas, por não as anotar logo... quando elas entendem surgir...
Poema e imagem, num todo perfeito!...
Beijinho! Feliz e inspirada semana!
Ana
Às vezes... estamos sem sentido...
Lindo...
Beijos e abraços
Marta
Boa tarde!
Poema lindo demais!!
Beijo e uma excelente semana
Bem interessante... Os poetas, de facto, nunca se desligam
do processo criativo...
Sei como é, porque os professores também nunca se desligam
do processo educativo.
Gostei da harmonia do poema que nos fala do poema
que canta
de forma tocante, a devoção e entrega total à poesia.
Beijinhos
~~~~
Boa tarde.
Muito bom, este poema:))
Hoje: -Careço das tuas palavras de conforto .
Bjos
Votos de uma óptima Terça-Feira
Às vezes, senti-mo-nos assim. Só não sabemos dizê-lo como os poetas.
Abraço
Metaforicamente lindo Piedade.
Onde pulsa há poesia que se espalha como as folhas de Outono.
Show amiga.
Beijo
Olá, Piedade!
Belíssimo poema, que é aberto com essas belas imagens da madrugada e dos sonhos. Parabéns minha amiga.
Boa semana.
Beijo.
Pedro
Há no adn do poema uma certa nostalgia, a certa, para a estrutura estética. É nela que te elevas e revelas alma poética.
No princípio há negro, e medo,
e impotência no descernir uma ponta
do novelo que nos aperta.
Depois, nas horas de insónia,
à medida que a madrugada cresce,
os contornos tomam forma, até
que adormecem no cansaço da luz.
Porém, a mão sonâbula aprende
apreende o sonho e rumina-o
na espera e, no regresso da
penumbra, revela(-se).
Bj.
E opoema nasce !
E quem se escapule, quer desembaraçar-se sempre de qualquer coisa...
Magnífico poema, parabéns.
Continuação de boa semana, amiga Piedade.
Beijo.
Tão lindo esse poema Piedade. A imagem é perfeita. Gosto muito do trabalho de Bem Zank, muito surreal.
Continuação de boa semana!
Um abraço! Bjs!
Escrevinhados da Vida
Um poema muito belo. Quando amanhece ou quando anoitece o poeta contorna no seu rosto os dias e as noites que passaram. E tudo se envolve no poema…
Um bom fim de semana.
Um beijo.
Entre as perdas e os ganhos e as manhãs, e as tardes, e as noites um caminho de palavras
que se repetem nas adjacências das metáforas dispersas que nos desassossegam...
Beijinhos, Piedade!
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