terça-feira, 9 de dezembro de 2025

Não esqueças o meu nome

A memória guarda segredos,
momentos com sol ou chuva,
e forma um nicho em nós.

Ao entardecer, o poente
sobre nós, beijando a areia,
era um convite sedutor.

Foram perfeitos os dias,
momentos cheios de magia,
voos em liberdade.

Nunca tive nada para te dar,
senão palavras em poemas
e sonhos desfolhados a dois.

O tempo escoou,
e em nossas vidas se desfolhou,
em partículas enormes.

Tivemos a coragem de sonhar,
mesmo quando me deixei levar
por outro rio e outro mar.

E num murmúrio pedi:
não esqueças o meu nome,
não te esqueças de mim.

Mas talvez tenha sido quimera;
ainda espero, na minha inocência,
sempre que mudam as estações.

Autor © Piedade Araújo Sol 2025-12-08
Imagem : Brooke Shaden

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7 Comentários:

Blogger Jordi López Pérez disse...

Tu poema me ha dejado en silencio, como si el mar que lo acompaña hubiera detenido su oleaje para escuchar. Hay una ternura en esas palabras que se deshacen como arena entre los dedos, y una nostalgia que no pesa, sino que acaricia. Gracias por compartir esta brisa que sabe a memoria y a estaciones que aún esperan.

En lo que se refiere a la imagen… Parece un sueño detenido: el paraguas invertido, el vestido blanco, los pájaros en tránsito. Todo habla de misterio y de espera, como si el tiempo se hubiera rendido.

Un fuerte abrazo, Piedade!

terça-feira, 09 dezembro, 2025  
Blogger Marta Vinhais disse...

Um poema leve como o voar das aves... magia pura...e continuar a sonhar ...sempre...
Beijos e abraços
Marta

terça-feira, 09 dezembro, 2025  
Blogger J.P. Alexander disse...

Melancólico poema. Te mando un beso.

terça-feira, 09 dezembro, 2025  
Blogger brancas nuvens negras disse...

E o que ficou... guardou as palavras em poemas e talvez os sonhos desfolhados a dois.
Um.

quarta-feira, 10 dezembro, 2025  
Blogger Agostinho disse...

Era
A memória teima em usar o imperfeito
pretérito
à espera do convite do presente É
Quanto mais não seja num poema de carícias

Li. Agradou-me bastante, por tudo, pelas memórias que se fazem presentes. Obrigado.
Bom, Piedade Sol.

quarta-feira, 10 dezembro, 2025  
Blogger Mona Lisa disse...

Boa tarde, Pity.
Belíssimo e nostálgico poema , um lamento de saudade, de um amor passado que permanece vivo na memória..
No entanto , persiste a esperança de que nunca seja esquecido...
Parabéns, Pity.

Beijinho e ótima noite com paz e saúde.😘

quarta-feira, 10 dezembro, 2025  
Blogger Emília Simões disse...

Bom dia Pity,
Um poema belíssimo, de memórias, que o tempo retém.
Apesar de outros rios e mares, há sempre momentos e nomes, que ficam gravados para sempre, mesmo que em ténues saudades.
Um beijinho, Pity, e um ótimo dia.
Emília

quinta-feira, 11 dezembro, 2025  

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