arrepio
o teu corpo
era um idioma novo
com gramática estranha
sílabas que os meus lábios
ainda não sabiam soletrar.
enleada na teia dos teus segredos,
odores inebriavam-me as narinas,
os sentidos ___ em desnorte.
as mãos tremiam, incertas:
não sabiam onde pousar,
nem o que procurar.
era como navegar
ao leme de um barco
mar adentro sem cartas de marear.
éramos jovens.
tão jovens, tão puros
que o arrepio tomou
conta do corpo
e do instante.
©Piedade Araújo Sol 2025-07-21
Imagem : Viivienne Bellini
Imagem : Viivienne Bellini
Etiquetas: Direitos de autor, Piedade Araújo Sol, poesia
5 Comentários:
Voltar a esse tempo. À juventude. À pureza de todas as coisas e aos desejos ousadamente inocentes. À descoberta do corpo, do amor, do arrepio de cada instante. Voltar a esse tempo e regressar com saudades do futuro. Tão belo, o poema.
Uma boa semana.
Um beijo.
Tão belo, tão jovem e tão saudoso, este Arrepio, Piedade Sol...
Um beijo!
E, depois tudo acontece....
Belo...
Beijos e abraços
Marta
Que lindo, Piedade!!!
Jovens, tão jovens, que se arrepiaram defronte à descoberta.
Mãos tremiam incertas...
Muito lindo!
Parabéns, minha amiga.
Ah que poesia bonita Pity carregada da emoção ,que não só os jovens, mas todos aqueles que navegarem mar adentro 'sem carta de marear', certamente, terão arrepios... Grande abraço amiga e obrigada pela inspiração que nos oferece, sempre. Beijinhos.
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