terça-feira, 22 de julho de 2025

arrepio

o teu corpo
era um idioma novo
com gramática estranha
sílabas que os meus lábios
ainda não sabiam soletrar.

enleada na teia dos teus segredos,
odores inebriavam-me as narinas,
os sentidos ___ em desnorte.
as mãos tremiam, incertas:
não sabiam onde pousar,
nem o que procurar.

era como navegar
ao leme de um barco
mar adentro sem cartas de marear.

éramos jovens.
tão jovens, tão puros
que o arrepio tomou
conta do corpo
e do instante.

©Piedade Araújo Sol 2025-07-21
Imagem : Viivienne Bellini

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5 Comentários:

Blogger Graça Pires disse...

Voltar a esse tempo. À juventude. À pureza de todas as coisas e aos desejos ousadamente inocentes. À descoberta do corpo, do amor, do arrepio de cada instante. Voltar a esse tempo e regressar com saudades do futuro. Tão belo, o poema.
Uma boa semana.
Um beijo.

terça-feira, 22 julho, 2025  
Blogger Maria João Brito de Sousa disse...

Tão belo, tão jovem e tão saudoso, este Arrepio, Piedade Sol...

Um beijo!

terça-feira, 22 julho, 2025  
Blogger Marta Vinhais disse...

E, depois tudo acontece....
Belo...
Beijos e abraços
Marta

terça-feira, 22 julho, 2025  
Blogger Andre Mansim disse...

Que lindo, Piedade!!!
Jovens, tão jovens, que se arrepiaram defronte à descoberta.
Mãos tremiam incertas...

Muito lindo!

Parabéns, minha amiga.

terça-feira, 22 julho, 2025  
Blogger lis disse...

Ah que poesia bonita Pity carregada da emoção ,que não só os jovens, mas todos aqueles que navegarem mar adentro 'sem carta de marear', certamente, terão arrepios... Grande abraço amiga e obrigada pela inspiração que nos oferece, sempre. Beijinhos.

terça-feira, 22 julho, 2025  

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