Teorema do Poeta
O Poeta desceu a rua sem muita convicção,
o cansaço que se apoderara no seu corpo,
como uma catadupa de receios,
além de achar anormal era desconfortável.
Para que se inquietava com coisas banais,
porque já não tinha assuntos ou segredos,
com quem compartilhar, porque a serenidade,
já desistira de o acompanhar.
Lembrou que em tempos arredados,
a sua terapia consistia em ir olhar o mar,
e as marés em contínuo ressoar,
contra as areias amarelas da praia.
E a água do mar era um céu azul,
e o céu era um mundo onde as aves esvoaçavam,
e a maresia trazia bálsamos de mar,
ficou quieto e a calma inundou todo o seu ser.
Sentou-se num banco duro de pedra,
e ali ficou a tranquilizar o corpo e a mente,
o sol parecia querer despachar o dia,
e ele absorveu o horizonte e sorriu.
© Piedade Araújo Sol 2024-11-04
Etiquetas: Direitos de autor, Piedade Araújo Sol, poesia
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