terça-feira, 12 de setembro de 2023

Abandonados

Estava sentado num banco de jardim
Daqueles verdes, que se encontram dispersados pela cidade
Tinha o corpo alquebrado

Não se vislumbrava correctamente o rosto
Mas o olhar embaciado parecia preservar
As amarguras de uma vida inteira

Outro dia passei no mesmo local
O banco continuava lá, verde e levemente ferrugento
Ele já não estava lá ______ e nunca mais o vi.

©Piedade Araújo Sol 2023-09-11
Imagem : Verity Milligan

Etiquetas: , ,

14 Comentários:

Blogger brancas nuvens negras disse...

Vidas amargas que se perdem nessa amargura.
Um abraço.

terça-feira, 12 setembro, 2023  
Blogger J.P. Alexander disse...

Lindo y triste te mando un beso.

terça-feira, 12 setembro, 2023  
Blogger stella disse...

Que bellamente nos muestras la amargura y tristeza, la soledad...
Un fuerte abrazo querida mía

terça-feira, 12 setembro, 2023  
Blogger Marta Vinhais disse...

Retrato de uma solidão visível, palpável...
Beijos e abraços
Marta

terça-feira, 12 setembro, 2023  
Blogger Maria João Brito de Sousa disse...

Um pedacinho de realidade poética, bela e simultaneamente dolorosa...

Um beijo, Piedade!

terça-feira, 12 setembro, 2023  
Blogger " R y k @ r d o " disse...

São assim os contrastes da vida. Existem, ficam e vão.
.
Cumprimentos poéticos. Feliz semana.
.
Poema: “ Coração sem ser regado acaba por … “

terça-feira, 12 setembro, 2023  
Blogger Cidália Ferreira disse...

Gostei muito :))
Obrigada pela partilha!!
.
Coisas de uma Vida || Recomeços e cansaços...

Beijos. Boa tarde.

terça-feira, 12 setembro, 2023  
Blogger Agostinho disse...


Ele já não estava lá ______
e nunca mais o vi."
Este verso, e todo o poema,
conduz a um movimento centrípto,
assenta nesse banco qualquer um
Oxida(-me) a réstia de verde sobrante

Ele já não estava lá
Mas estava, porque sin-
to-o quando passo por ele,
pelo banco
Vejo-o na sua ausência
a sua presença em mim:
ferrugem que corrói
até o fim

Bom, Piedade.
Beijo.

quarta-feira, 13 setembro, 2023  
Blogger Juvenal Nunes disse...

A solidão é a ausência visível provocada pela dor.
O banco... uma momentânea almofada de conforto.
Abraço de amizade, Piedade.
Juvenal Nunes

quarta-feira, 13 setembro, 2023  
Blogger Penghuni 60 disse...

Obrigado por compartilhar.
Saudações da Indonésia. Eu sigo seu blog.

quarta-feira, 13 setembro, 2023  
Blogger Ane disse...

😔 Imaginando possibilidades pra não dizer a pior delas...E assim como ele há muitos por aí...

quinta-feira, 14 setembro, 2023  
Blogger Mário Margaride disse...

Um retrato triste da solidão, bem retratado neste belo poema!
Gostei muito, amiga Piedade.
Deixo os meus votos de um bom fim de semana, com muita saúde e paz.
Beijinhos!

Mário Margaride

http://poesiaaquiesta.blogspot.com

sexta-feira, 15 setembro, 2023  
Blogger Graça Pires disse...

A solidão, o abandono são corrosivos. Destroem tudo o que os cerca. O seu poema é muito triste, como triste é a vida de certas pessoas condenadas ao abandono. Sensibilizei-me ao lê-lo.
Tudo de bom, minha Amiga Piedade.
Uma boa semana.
Um beijo.

segunda-feira, 18 setembro, 2023  
Blogger Jaime Portela disse...

As pessoas vão desaparecendo.
Dos bancos do jardim e das nossas vidas.
Belo poema, gostei de ler.
Boa semana.
Beijos.

segunda-feira, 18 setembro, 2023  

Enviar um comentário

Subscrever Enviar feedback [Atom]

<< Página inicial