definições do abstracto da dor
ou se quiserem da mágoa que se entranha
em nós como uma escultura
ou um esquisso a branco e negro
manchada, por breves fluídos de cores suaves
desmaiadas na origem da cor
ou da estação outonal
em cada alvorecer .
pingos de nuvens como se fossem lágrimas
em tonalidades de cores neutras
como as folhas tombadas neste chão
que piso e repiso no inverso deste trilho
enquanto o olhar se perde no vácuo
do momento, ou do esquecimento inevitável
no abstracto da dor entranhada.
Autor : ©Piedade Araújo Sol 2021-11-02
Imagem : Duongo Quoc
Etiquetas: Direitos de autor, Piedade Araújo Sol, poesia
17 Comentários:
Lindíssimo poema, este seu Definições do Abstracto da Dor, Piedade.
Um beijo
Mas a dor não á abstracta... é muito real, entranha-se... mesmo que seja invisível.
Obrigada pela visita
Beijos e abraços
Marta
Lindíssimo o poema e a foto.
bjs
No avesso no outro lado
inaudível da voz
às vezes a dor imperceptível...
No abstracto consome os recursos
lentamente
como ladrão pés de lã
E quando se dá conta
a vida de pernas para o ar
No inverso do trilho como achar?
o equilíbrio, vir à superfície estancar
as lágrimas que nos deslaçam
a firmeza dos gestos?
Muito bom, Amiga Piedade.
Bj.
Uma abstração com um sentido muito próprio
😊
Um belíssimo poema Piedade, embora eu não considere a dor abstrata.
Abraço, saúde e feliz Novembro
Muito interessante e original esta explicação da dor como se fosse uma obra de arte.
Um abraço.
Imagem e poema, deslumbrantes, que me fascinou ver e ler.
.
Deixando cumprimentos
.
Pensamentos e Devaneios Poéticos
.
Belissimo poema, amiga poetisa!
Onde o lirismo flutua, nas margens das palavras...
Parabéns!
Gostei muito.
Continuação de boa semana.
Beijinhos!
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
Poema intenso! Amei :))
*
Cada mente esconde um poeta...
*
Beijo, e uma boa tarde.
Que a mágoa não se entranhe em tua mente.
A mágoa e ódio são germes letais
Quando não matam os pobres mortais,
Deixam sequelas que fazem doente
O ser humano frágil quando sente
Tal sentimento e ainda o alimenta.
A mágoa é um moléstia que vai lenta
E insistentemente martelando
A mente e sai-se dela quando
Perdoa-se o agente e se lamenta.
Bonita composição e lindo poema, Piedade! Mas muito triste... Abraço fraterno. Parabéns. Laerte.
Uma dor que se entranha será menos pungente se tivermos capacidade para dela nos conseguirmos abstrair.
Belíssima a imagem que ilustra o poema.
Abraço amigo.
Juvenal Nunes
Excelente.
Sem mais palavras.
Bom fim de semana, amiga Piedade.
Beijos.
Olá, amiga Piedade.
Passando por aqui, relendo este excelente poema que muito apreciei, e desejar um Feliz fim de semana com muita saúde.
Beijinhos!
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
Boa tarde Piedade,
Belíssimo poema!
Há dores e mágoas que se entranham em nós, mas com a passagem do tempo vão esmaecendo.
Assim, como as folhas de outono, que o vento arrasta e leva para longe.
Beijinhos e bom fim de semana.
Ailime
Olá Piedade!
Passando por aqui, relendo este lindo poema que muito apreciei, e desejar uma excelente semana!
Beijinhos!
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
A dor, a mágoa só tem alguma abstracção quando queremos falar dela. Quando a sentimos é tão real que até dói. Lindíssimo!
Uma boa semana com muita saúde, minha Amiga Piedade.
Um beijo.
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