terça-feira, 5 de outubro de 2021

Caos

Restam cinzas pelo chão,
ou será apenas o pó que,
ornamenta o chão de madeira?

Olho com uma imensa melancolia,
e não sei discernir onde fica a realidade,
deste vazio que me importuna.

Quero andar mas a meta é já tão longínqua,
qe não tenho robustez para lá chegar,
fiquei esquecida neste nada.

Nem sei onde nasceu o sol,
e já não descortino nem terra,
nem mar com seu sal.

Somente caos,
vórtice,
onde lentamente vou caindo.

©Piedade Araújo Sol 2021-10-04
Imagem : Aykut Aydogdu

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13 Comentários:

Blogger Marta Vinhais disse...

Por vezes, pensamos que estamos perdidas no caos em que o Mundo mergulhou...
Mas vamos encontrar o local onde nasce o Sol e regressar à Terra...
Beijos e abraços
Marta

terça-feira, 05 outubro, 2021  
Blogger Maria João Brito de Sousa disse...

Um belo e magoado poema, Piedade!

Beijo

terça-feira, 05 outubro, 2021  
Blogger brancas nuvens negras disse...

Enquanto houver poesia o caos não se instala sem combate.
Um abraço.

terça-feira, 05 outubro, 2021  
Blogger Mário Margaride disse...

Por vezes, sentimos esse vazio em nós, como se mais nada existisse, apenas o vazio, e o caos...
Todavia, há sempre uma luz que nos orienta e nos dá ânimo, a esperança.

Belo poema, amiga Piedade!
Gostei muito.
Votos de uma excelente semana.
Beijinhos!

Mário Margaride

http://poesiaaquiesta.blogspot.com

terça-feira, 05 outubro, 2021  
Blogger Agostinho disse...

Perpassa do miolo para as franjas
(do poema) um pesado desalento
que puxa para baixo, porém
sabe a Poeta e sabemos nós
do consolo da esperança
a cada 24 horas num novo dia
Antes do desespero nos diluir as mãos
a revolução há-de resgatar-
nos do gume da escarpa

Tudo de bom por ai, Amiga Piedade.

terça-feira, 05 outubro, 2021  
Blogger Rogério G.V. Pereira disse...

Cinzas?
Essas que julgas tuas
são minhas
Não há muito
morri por dentro
resta-me este corpo
que não arde

Lentamente vais caindo
Vou ajudar-te
Amparar-te
Que ninguém mais caia
depois da minha queda.

quarta-feira, 06 outubro, 2021  
Blogger Porventura escrevo disse...

A absorção pelo caos, ou pela sua força, é um tema tão antigo em poesia.
Gostei da forma como o explorou
:-)

quinta-feira, 07 outubro, 2021  
Blogger Jaime Portela disse...

Todos vamos caindo. Uns depressa, outros mais lentamente.
Magnífico poema, os meus aplausos.
Bom fim de semana, amiga Piedade.
Beijos.

sexta-feira, 08 outubro, 2021  
Blogger José maria disse...

Hola Piedade, precioso poema.
A veces el camino se nos hace duro, pero hay que seguir caminando.
Buen fin de semana.
Un abrazo

sábado, 09 outubro, 2021  
Blogger Graça Pires disse...

Às vezes parece que o vazio nos cerca e que um caos nos rodeia como um abismo a que não podemos fugir. Mas há sempre uma luz que vem da palavra dos poetas que transfigura as cinzas. Que belo poema, minha Amiga e Poeta Piedade! Gostei da imagem.
Cuide-se bem.
Uma boa semana.
Um beijo.

segunda-feira, 11 outubro, 2021  
Blogger Micaela Santos disse...

Também eu, também esqueci de discernir a realidade!
Belíssimo poema!

quinta-feira, 14 outubro, 2021  
Blogger AC disse...

Por vezes é preciso conhecer o caos para rejuvenescer, supostamente com uma maior amplitude das coisas.
(Já tinha saudades de a ler, Piedade)

Um beijinho :)

sexta-feira, 15 outubro, 2021  
Blogger AnaMar (pseudónimo) disse...

Ah, o caos, esse maravilhoso tónico, que nos suga, para depois ascendermos mais fortes.
Beijinho

quinta-feira, 28 outubro, 2021  

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