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terça-feira, 28 de julho de 2020

Sem Fronteiras

Sem fronteiras
desenho letras - no âmago
dum país.

Fico a cismar
nas palavras desarrumadas
no interior de um livro
feito de letras cintilantes
com fragrância de sargaço
e fios de água.
.
Por labirintos – em fogo
avanço
com o sol a entornar-se
no asfalto – quente.
.
No interior dum livro
existe um país

. feito de poetas – dizem.
.
©Piedade Araújo Sol 2010-07-27

18 comentários:

  1. Gostei tanto deste poema.
    Desejo-lhe uma Noite descansada.

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  2. E eu também penso que sim, que temos muitos e muito bons poetas, Piedade!

    Abraço :)

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  3. Poeticamente muito sedutor de ler
    .
    Um dia feliz
    Abraço

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  4. Um país com tudo para ser feliz, se conseguisse libertar-se dum polvo jurássico que tudo consome, que vai deixando escola. Não admira, pois, que "o querer respirar" se faça através da poesia.

    Um beijinho, Piedade :)

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  5. Parabéns. Poema sublime, Adorei demais!! :))
    --
    Beijos Boa tarde!

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  6. Um livro encerra uma história, um País, um mundo...sempre igual... sempre diferente
    .
    Um dia feliz
    Abraço

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  7. Boa tarde de serenidade, querida amiga Piedade!
    Um livro não tem fronteiras e abre horizontes largos ao mundo e ao nosso universo.
    Tenha dias abençoados!
    Bjm carinhoso e fraterno de paz e bem assim

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  8. E viajamos tanto....apesar dos labirintos...
    Belo
    Beijos e abraços
    Marta

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  9. Um país com tudo para ser feliz, não tivesse a corrupção alastrado como erva daninha.
    Abraço e saúde

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  10. Um país sem fronteiras entre os homens e as artes é o que almejamos, além das palavras. É preciso dar as mãos para alcançarmos este sonho.
    Beijinhos

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  11. No interior cabe o mais sagrado
    as palavras ainda sem som
    sem linha ou espaço,
    sem língua e sem mão
    só sopro lento vento sempre pronto
    a encher vogais consoante os dias

    Tu sabes isso. Sabes disso:
    Ie buscá-las dentro e pô-las
    à janela

    Beijo, PAS.

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  12. Boa tarde Piedade,
    Um poema muito belo.
    Dentro dum livro existe um país que tem levado o nome de Portugal bem longe, que é o nosso orgulho.
    Beijinhos,
    Ailime

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  13. Livros, não vivo sem eles, pois
    me levam a lugares inesquecíveis.

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  14. Olá!

    ... e não são poetas a alma dum povo?

    ou, pelo menos,

    aqueles que melhor a interpretam!...

    Desejo-lhe um óptimo fim de semana!

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  15. Um país feito de povo. E como grande poeta é o povo...
    Excelente poema, gostei imenso.
    Bom fim de semana, querida amiga Piedade.
    Beijo.

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  16. Pintei uma biblioteca.
    Apeteceu-me, num impulso de cor.
    Uma biblioteca de castanhos cruzados de sombras, riscadas de caminhos.
    Linhas ininterruptas de sentidos.
    Pintei-os!
    Todos!
    Os meus, Livros. ( nem todos se olham de castanho, mas no meu quadro sim, repetidamente castanhos, de todos os castanhos que o saber me sintetizou em cores e em Ver…)
    Terminado o quadro, e os castanhos, tinha uma biblioteca, a minha…aquela, não outra.
    Depois, ah depois, agarrei no pincel e mergulhei-o no amarelo, (amarelo, sem adjectivos nem matizes, amarelo-ovo, que é o amarelo que me referencia o olhar, coisa tola porque há tantos ovos como amarelos…) e deixei que escorregasse, gota, em sorriso, a abraçar todos os meus castanhos. Tinha todas as palavras com que gostava de sonhar um livro, aquela lágrima-gota, que me fugiu colorida…

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  17. Que lindo, Piedade! Palavras não enfrentam fronteiras e mesmo lançadas sem destino são capazes de se unir na escrita do poeta. Bjs.

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