Não me procures por aí
JAROSLAW DATTA
Não me procures por aí
(desertei da habitação dos sonhos)
Vivo nas catacumbas dos xistos
Esquecida nos esconderijos
Cobertos de poeiras moribundas.
(desertei da habitação dos sonhos)
Vivo nas catacumbas dos xistos
Esquecida nos esconderijos
Cobertos de poeiras moribundas.
Não me procures aqui
(escondi-me numa burca)
Não tenho rosto, nem rugas, nem sonhos
Levantei voo e perdi o meu norte
Em tempestades de areias.
Não tenho rosto, nem rugas, nem sonhos
Levantei voo e perdi o meu norte
Em tempestades de areias.
Não me procures
(feneci no voo improvável)
Estarei aquém de ti
No olhar das gaivotas
E nas vagas do mar.
Estarei aquém de ti
No olhar das gaivotas
E nas vagas do mar.
Autor : © Piedade Araújo Sol 2009/09/15
Etiquetas: Piedade Araújo Sol, poesia, Reeditado
9 Comentários:
Apesar de...soa_me a um grito de alma!
Bj e gostei de ler
Mas nada está moribundo... porque a voz ainda se ouve apesar da tempestade e das vagas do mar...
Lindo...
Beijos e abraços
Marta
Um Poema excelente!!
Beijo e um excelente dia!
Gostei de ler.
Parabéns Piedade. Que o novo ano que hoje começa, lhe dê tudo o que desejo.
Abraço
É curioso, ou não, o facto de a tua poesia ter sempre um destinatório (deve sentir-se orgulhoso...).
abraço Piedade
Fascinante poema :))
Hoje » Fogo que flagra em lamuria
Bjos
Votos de uma óptima Quarta-Feira.
Há um lugar no caminho
e no caminho ficará o ponto
de retorno entre o aí e o aqui
e nesse ponto os sonhos
têm retorno à superfície
da terra prometida.
A Poeta encontra. encontrou
Bj.
Por mais que se esconda os poemas hão-de sempre denunciar a sua morada, minha querida Poeta…
Uma boa semana.
Um beijo.
Mais uma belíssima inspiração, que nos desvenda um universo de emoções!...
Excepcional, como sempre, Piedade!
Beijinho
Ana
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