Entre as Mãos do Tempo
O tempo é o espaço que me tenta,
a gravar — entalhando — memórias,
como quem guarda um sonho vivido
que sangra em lamento molhado.
Como a correnteza de um rio
que corre para a foz,
por vezes ligeiro,
por vezes cansado.
Como água escorrendo,
seu fluxo por entre as mãos,
o tempo se esvai —
levando tudo, em contramão.
Autor ©Piedade Araújo Sol 2025-10-27
Imagem : Anna Heimkreiter
Etiquetas: Direitos de autor, Piedade Araújo Sol, poesia


15 Comentários:
Nem sempre conseguimos acompanhar o tempo....ficam as memórias....
Por vezes, doridas....
Beijos e abraços
Marta
Boa noite Pity,
Ah o tempo, que se esvai como areia a escorrer por entre os dedos das mãos!
O tempo que não dominamos, mas que nos arrasta sem parar, como folhas de outono impelidas pela chuva e pelo vento!
Magnífico poema, Pity, onde me revi no tempo presente.
Um beijinho e continuação de boa semana.
Emília
Boa noite Pity,
Ah o tempo, que se esvai como areia a escorrer por entre os dedos das mãos!
O tempo que não dominamos, mas que nos arrasta sem parar, como folhas de outono impelidas pela chuva e pelo vento!
Magnífico poema, Pity, onde me revi no tempo presente.
Um beijinho e continuação de boa semana.
Emília
O que fazzer com o tempo que escorre por entre os dedos. Somos este rio que não pode perder seu rumo em direção ao mar.
Belo poema amiga.
Bjs e paz.
Lindo poema. te mando un beso.
Belíssimo, tocante e impactante poema que nos leva a refletir na efemeridade da vida e suas emoções...
Adorei o poema!
Beijinho e óptimo dia com paz e saúde, Pity.😘
Tejo que levas as águas
Correndo de pare em pare
Lava minha alma de mágoas
Leva minhas mágoas para o mar
Lê como se estivesses a cantar
https://youtu.be/pWXSCQJNOVw?si=pu8CWLF3jWC_T4Sj
O tempo e o espaço conspiram
concomitantemente para derrubarem
a dignidade humana?
Não sei, PAS. Talvez.
A memória é uma velha, velhaca...
▪︎▪︎▪︎
Memória feita de fio
de horas meses anos vida
de um sudário onde jamais
me deitarei. Aprendi,
como Penélope teço fio
e à noite desfaço o que fiz
Ou tenho na ponta da língua
um conto xeradaze pronto
A cada noite iludo tormentas
e as burkas eternas da vida,
evitando o ponto final
Assim, talvez.
Beijo.
É... o tempo não espera a gente. Sendo assim, melhor a gente não dar muita bola para ele também.
Aproveitar melhor cada bocadinho que resta, agradecer.
Olá querida Piedade! Mais um belo e sentido poema. Sempre ao mais alto nível agora com um “tempo que se esvai entre as mãos”. Abraços! 🤗
A imagem do sonho a sangrar em lamento molhado é muito forte. A correnteza do rio para a for leva-me até à minha infância onde da casa onde nasci se via a for do mondego a entrar no mar. Belíssimo poema, minha Amiga Piedade.
Uma boa semana.
Um beijo.
Olá, Pity,
Não temos o controle do tempo. Ele passa rapidamente. E nos leva com ele, inexoravelmente.
Adorei o poema, o presente é mesmo um presente que o tempo nos presenteou..
Bjss, Marli
Mais um belíssimo poema.
Bom quando a vida é como um rio, que corre para a foz sem encontrar percalços que lhe dificultem a viagem.
O tempo passa e temos nos focar no presente e aproveitar cada momento.
Gostei muito desta partilha.
Abraço e brisas doces ***
Qué bonito imaginar a los poetas bailando con los ángeles, como si el arte y el deseo se mezclaran en una fiesta suave y libre. Este poema me ha hecho pensar en lo importante que es poder elegir: la música, el cuerpo, el amor, el ritmo. Gracias por compartirlo!
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