terça-feira, 28 de outubro de 2025

Entre as Mãos do Tempo

O tempo é o espaço que me tenta,
a gravar — entalhando — memórias,
como quem guarda um sonho vivido
que sangra em lamento molhado.

Como a correnteza de um rio
que corre para a foz,
por vezes ligeiro,
por vezes cansado.

Como água escorrendo,
seu fluxo por entre as mãos,
o tempo se esvai —
levando tudo, em contramão.

Autor ©Piedade Araújo Sol 2025-10-27
Imagem : Anna Heimkreiter

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15 Comentários:

Blogger Marta Vinhais disse...

Nem sempre conseguimos acompanhar o tempo....ficam as memórias....
Por vezes, doridas....
Beijos e abraços
Marta

terça-feira, 28 outubro, 2025  
Blogger Emília Simões disse...

Boa noite Pity,
Ah o tempo, que se esvai como areia a escorrer por entre os dedos das mãos!
O tempo que não dominamos, mas que nos arrasta sem parar, como folhas de outono impelidas pela chuva e pelo vento!
Magnífico poema, Pity, onde me revi no tempo presente.
Um beijinho e continuação de boa semana.
Emília

terça-feira, 28 outubro, 2025  
Blogger Emília Simões disse...

Boa noite Pity,
Ah o tempo, que se esvai como areia a escorrer por entre os dedos das mãos!
O tempo que não dominamos, mas que nos arrasta sem parar, como folhas de outono impelidas pela chuva e pelo vento!
Magnífico poema, Pity, onde me revi no tempo presente.
Um beijinho e continuação de boa semana.
Emília

terça-feira, 28 outubro, 2025  
Blogger Toninho disse...

O que fazzer com o tempo que escorre por entre os dedos. Somos este rio que não pode perder seu rumo em direção ao mar.
Belo poema amiga.
Bjs e paz.

quarta-feira, 29 outubro, 2025  
Blogger J.P. Alexander disse...

Lindo poema. te mando un beso.

quarta-feira, 29 outubro, 2025  
Blogger Mona Lisa disse...

Belíssimo, tocante e impactante poema que nos leva a refletir na efemeridade da vida e suas emoções...
Adorei o poema!

Beijinho e óptimo dia com paz e saúde, Pity.😘

quarta-feira, 29 outubro, 2025  
Blogger Rogério G.V. Pereira disse...

Tejo que levas as águas
Correndo de pare em pare
Lava minha alma de mágoas
Leva minhas mágoas para o mar

Lê como se estivesses a cantar

https://youtu.be/pWXSCQJNOVw?si=pu8CWLF3jWC_T4Sj

quarta-feira, 29 outubro, 2025  
Blogger Agostinho disse...

O tempo e o espaço conspiram
concomitantemente para derrubarem
a dignidade humana?
Não sei, PAS. Talvez.
A memória é uma velha, velhaca...
▪︎▪︎▪︎
Memória feita de fio
de horas meses anos vida
de um sudário onde jamais
me deitarei. Aprendi,
como Penélope teço fio
e à noite desfaço o que fiz

Ou tenho na ponta da língua
um conto xeradaze pronto
A cada noite iludo tormentas
e as burkas eternas da vida,
evitando o ponto final

Assim, talvez.
Beijo.

quinta-feira, 30 outubro, 2025  
Blogger (CARLOS - MENINO BEIJA - FLOR) disse...

É... o tempo não espera a gente. Sendo assim, melhor a gente não dar muita bola para ele também.

sábado, 01 novembro, 2025  
Blogger CCF disse...

Aproveitar melhor cada bocadinho que resta, agradecer.

sábado, 01 novembro, 2025  
Blogger Olavo Marques disse...

Olá querida Piedade! Mais um belo e sentido poema. Sempre ao mais alto nível agora com um “tempo que se esvai entre as mãos”. Abraços! 🤗

segunda-feira, 03 novembro, 2025  
Blogger Graça Pires disse...

A imagem do sonho a sangrar em lamento molhado é muito forte. A correnteza do rio para a for leva-me até à minha infância onde da casa onde nasci se via a for do mondego a entrar no mar. Belíssimo poema, minha Amiga Piedade.
Uma boa semana.
Um beijo.

segunda-feira, 03 novembro, 2025  
Blogger Marli Soares Borges disse...

Olá, Pity,
Não temos o controle do tempo. Ele passa rapidamente. E nos leva com ele, inexoravelmente.
Adorei o poema, o presente é mesmo um presente que o tempo nos presenteou..
Bjss, Marli

terça-feira, 04 novembro, 2025  
Blogger Parapeito disse...

Mais um belíssimo poema.
Bom quando a vida é como um rio, que corre para a foz sem encontrar percalços que lhe dificultem a viagem.
O tempo passa e temos nos focar no presente e aproveitar cada momento.
Gostei muito desta partilha.
Abraço e brisas doces ***

quinta-feira, 06 novembro, 2025  
Blogger Jordi López Pérez disse...

Qué bonito imaginar a los poetas bailando con los ángeles, como si el arte y el deseo se mezclaran en una fiesta suave y libre. Este poema me ha hecho pensar en lo importante que es poder elegir: la música, el cuerpo, el amor, el ritmo. Gracias por compartirlo!

sábado, 08 novembro, 2025  

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