por entre as palavras
abandonaste-me, por entre as palavras
das páginas, que entretanto abri
e que depois escrevi
no meu próximo livro.
não me levaste contigo,
não sei se te perdi, e acho que não,
porque eu nunca destruo as palavras, que te dão vida e me lembram
aromas, e onde por vezes
completamente desordenadas, consigo encontrar algum fio condutor
para as apaziguar. depois esqueço-as
pelo simples prazer de ter novamente a tarefa
para as voltar a arrumar e desarrumar.
escrevo-te no poema que dependuro na alma,
folheio-te nas passeatas junto ao mar,
e mesmo que não me levasses contigo,
eu nunca me desabriguei das letras,
com que te posso inventar, escrever, ou
simplesmente
amar.
©Piedade Araújo Sol 2013-10-28
Imagem : Christine Ellger
Etiquetas: Direitos de autor, Piedade Araújo Sol, poesia, Reeditado
19 Comentários:
Que bom poder ler o amor como quem folheia as paginas de um livro.
Abraço de amizade.
Juvenal Nunes
Olá, Piedade, belíssimo poema!
A ilustração também é maravilhosa.
Maravilhoso, lindo de ler.
Cumprimentos poéticos
E quando na ausência se sente a presença... as palavras existem simplesmente....
Beijos e abraços
Marta
Olá, querida amiga Pity!
"não me levaste contigo"...
Entretanto:
"eu nunca me desabriguei das letras,
com que te posso inventar, escrever, ou
simplesmente
amar."
Perfeito amor verdadeiro que gostei muito de ler agora. Fortalece o amor do nosso peito.
Tenha dias abençoados!
Beijinhos
Boa noite Pity,
Um poema muito belo!
Maravilhosas essas páginas do livro em que pode escrever os sentimentos que lhe correm na alma.
A parte final é deveras arrebatadora.
Gostei muito, Pity.
A imagem é belíssima.
Beijinhos e continuação de boa semana.
Emília
"Diário de um livro" Lindo demais!!
.
FANTASIEI...
Beijos e uma ótima semana.
Lindo poema, te mando un beso.
Existe, nem que seja apenas na memória.
Um abraço.
Minha querida...Um poema nostálgico como as recordações. Adorei como sempre passar aqui. Um beijinho com carinho
A
capacidade de se reinventar
jogando palavras justas ao momento
do poema
O
processo das marés consoante
o estado e o tempo
da alma
O
tamanho a cor o som achados
no brilho dos olhos no veludo da pele
dão as palavras ao verso
A
Poeta tenta inventa
o amor da sua vida
Um beijo, Piedade, gostei de ler.
Olá, Piedade, que lindo escrever o que vai em nossa alma, e com carinho e beleza!
Uma feliz semana, amiga.
Beijinho
Gostei da imagem e achei o poema muito lindo...
Abraço, boa entrada em Novembro :)
Maravilhoso teu poema, querida Piedade,
e que foto linda, amiga! Um show de arte!
Livros... páginas em branco ainda esperando...não imagino viver sem eles, são paginas preciosas, ali vai nosso coração.
Um feliz fim de semana, amiga,
beijinhos.
Olá Piedade
Quanta intensidade contida neste belo poema. Gostei muito da forma como descreve o sentir e as emoções que se instalam dentro da alma.
Belíssimo!
Deixo os meus votos de um feliz fim de semana, com tudo de bom.
Beijinhos, com carinho e amizade
Mário Margaride
http://poesiaaaquiesta.blogspot.com
https://soltaastuaspalavras.blogspot.com
Falar de amor, assim, como se o amor fosse o fôlego em que nos salvamos. Tão belo, minha Amiga Piedade.
Uma boa semana.
Um beijo.
A vida também é feita de abandonos.
Excelente soneto.
Boa semana amiga Piedade.
Beijo.
Olá querida Piedade!
Mais um poema seu em que demonstra um talento absolutamente magnifico! Um poema de amor como poucos existem...
Abraços e uma boa semana para si! 😊
Tão bonito falar assim do amor.
Gostei muito.
A imagem é lindíssima.
Abraço e brisas doces ***
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