Poema apressado ____Poema carregado
Palavras ponderadas ____ afortunadas,
nessa viagem sem fronteiras,
que faço inúmeras vezes,
dentro de um mapa estirado sobre a mesa,
recordo todos os nomes por onde passei.
Por vezes um cisco tolda-me os olhos e tento lembrar-me de ruas,
que já nem existem mais,
contudo continuam a existir dentro das minhas memórias,
que aos poucos vou mesclando com o desaprender que trabalho dentro, da minha mente.
É um exercício meio louco _____ eu sei!
Mas que importa se desaprendo o que não quis aprender,
e sobra-me um mapa velho,
por onde passo os dedos nas cidades,
que estive contigo.
Teu nome de Rei ___e também de Santo, não desaprendi,
ainda o preservo pacificamente comigo.
Aconchegado à boca,
na luz dos dias____ e no desabar da tarde,
na impossibilidade do adeus.
©
Piedade Araújo Sol 2024-04-28
Imagem : Mikeila Borgia
Etiquetas: Direitos de autor, Piedade Araújo Sol, poesia
14 Comentários:
Se lesse
em qualquer outro lado
diria sempre
que o poema era teu
mesmo se não assinado
Beijo
Boa noite Piedade,
Um poema magnífico, de memórias, maravilhosamente concebido e estruturado.
Gostei imenso.
Beijinhos e continuação de boa semana.
Emília
Profundo poema. Te mando un beso.
Memórias felizes...a que nunca poderemos dizer adeus....
Lindo...
Beijos e abraços
Marta
A nossa memória é o nosso património.
Um abraço.
Talvez um dos seus mais belos poemas, senão o mas belo de todos os que escreveu e que eu tive o prazer de ler, Piedade. Sei que já lhe disse/escrevi estas palavras acerca de um outro, mas creio que este é ainda mais belo e tocante.
Um beijo.
Muito belo, amiga Piedade!
Que as lembranças não nos deixem vagar sós.
Beijinhos.
Boa tardinha de Paz, querida amiga Pity!
"já nem existem mais,
contudo continuam a existir dentro das minhas memórias"...
Há pessoas, lugares e coisas que insistem em permanecer em nós mesmos quando já extintos... bem assim.
Como custa desaprender.
Tenha dias abençoados!
Beijinhos com carinho fraterno
Olá Piedade,
As memórias fazem parte de nós. As boas, faz sempre bem recordar. As outras, as menos boas, o melhor é fechá-las a sete chaves e esquecer.
Excelente poema. Gostei muito.
Deixo os meus votos de um Feliz fim de semana, com muita saúde e paz.
Beijinhos, com carinho e amizade.
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
https://soltaastuaspalavras.blogspot.com
Olá, amiga Piedade,
"na impossibilidade do adeus."
É o último verso deste seu belíssimo poema.
Parabéns, poeta!
Um ótimo domingo, muita paz.
Beijo.
Na impossibilidade do adeus pego num velho mapa e passo os dedos nas cidades em que estive contigo. Que beleza estes versos minha Amiga Piedade. Sinto-os como se fossem meus.
Uma boa semana.
Um beijo.
Há memórias que jamais se apagam...
Magnífico poema, gostei de ler.
Boa semana.
Beijo.
Amor
presente ou ausente é sempre uma ave que se aloja, para sempre, no coração.
Preserva-se, aconchegado, quando cai a tarde, quando amanhece nos nomes que são abrigo, tudo o que nos continua a ser verbo.
Pacificamente.
Beijinho e um sorriso.
Boa tarde, Amiga Piedade
Li o poema dos pés à cabeça, ou seja, do início ao fim, e dele construí um fio do meu caminho
☆
Os nomes na mente e
as memórias teimosas
baralham-se sem querer
eu
o mapa papel coçado amarrotado
cheio de sinais de encontros e
cruzes de desencontros
ainda sei das palavras
dos nomes da afeição mas
entaramelam-se na língua exausta
exausto
Bom fim de semana de Sol.
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