terça-feira, 27 de outubro de 2020

Tolices sem alibi

Tão pequenina e frágil a minha mão, 
mas acho que todos os meus sonhos, 
ainda cabem nela, 
olhei para as tuas, 
grandes, morenas, experientes, 
e tão insondáveis. 

Pelo menos assim pensava, 
mas os dias ficaram estranhos ,
muito anormais e perturbados, 
a previsão que tenho agora, 
é que a minha mão, 
jamais pegará na tua mão. 

Nem tão pouco fará parte ,
da loucura da tua rotina, 
então eu silencio-me, 
nestes tempos esquisitos ,
imprevisíveis e dolorosos. 
Hoje corre uma aragem. 

©Piedade Araújo Sol 2020-10-26 

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22 Comentários:

Blogger brancas nuvens negras disse...

Vejo neste poema um adeus a alguém.
Boa Noite

terça-feira, 27 outubro, 2020  
Blogger Rogério G.V. Pereira disse...

Entre o risco
E a perda
Pego na tua mão
Queira tua mão
ou não queira

Que será do Mundo
se não dermos as mãos?

Façamos correr a aragem...

terça-feira, 27 outubro, 2020  
Blogger Porventura escrevo disse...

Que relacionamento estranho passado para poesia
😊
Difícil de definir

terça-feira, 27 outubro, 2020  
Blogger LuísM Castanheira disse...

Com as mãos se constrói...e se destrói. Mas das mãos partem sonhos
em voos ambiciosos, com destinos por achar. E basta um toque de asa para
das mãos nascer uma brisa a acalentar. Gostei muito, amiga Piedade. Um beijo e cuide-se. Feliz semana.

terça-feira, 27 outubro, 2020  
Blogger (CARLOS - MENINO BEIJA - FLOR) disse...

Tempos esquisitos. De tristeza estamos todos apanhados.

terça-feira, 27 outubro, 2020  
Blogger Marta Vinhais disse...

Há dias tristes, estranhos e não sabemos nada de nós...
Lindo...
Beijos e abraços
Marta

terça-feira, 27 outubro, 2020  
Blogger Fá menor disse...

Belo!
Há aragens que correm nestes tempos esquisitos...
E há mãos que não se dão, abraços que se perdem.
Mas não deixemos que os sonhos nos sejam levados na aragem, para fora das mãos, para longe dos nossos sentidos.

Beijinhos.

terça-feira, 27 outubro, 2020  
Blogger MARILENE disse...

Muito bela e apropriada a imagem que escolheu. Não está no tamanho das mãos o que elas podem oferecer. O estranhamento que pode advir delas afasta as que nelas desejavam pousar. Gostei demais! Bjs.

terça-feira, 27 outubro, 2020  
Blogger José Carlos Sant Anna disse...

A felicidade estava nas mãos
enquanto corria a aragem
e os golfinhos conversavam...

Uma boa noite, Piedade!

terça-feira, 27 outubro, 2020  
Blogger Cidália Ferreira disse...

Tão bonito!!:))
--
Lembra-ste do meu primeiro sorriso?
-
Beijo, e um excelente dia...

quarta-feira, 28 outubro, 2020  
Blogger Majo Dutra disse...

Sim, tempos estranhos e arrepiantes...

Um 'post' belo e muito expressivo...

Tudo pelo melhor. Beijos
~~~~~~~~~~~

quarta-feira, 28 outubro, 2020  
Blogger Diná Fernandes disse...

Boa noite querida Piedade,
Benfazeja aragem a refrescar nossos ânimos .
Desenhaste lindos versos. A imagem é fantástica. Gostei imenso e aplaudo de pé!

Bjs e flores!

quinta-feira, 29 outubro, 2020  
Blogger Juvenal Nunes disse...

As mãos são um importante elemento de comunicação que prolongam o nosso pensar e agem em conformidade.
Abraço.
Juvenal Nunes

quinta-feira, 29 outubro, 2020  
Blogger Maria João Brito de Sousa disse...

Este dito "novo normal" proíbe-nos o contacto de mão com mão... que mais proibições se seguirão?

Beijo, Piedade!

sexta-feira, 30 outubro, 2020  
Blogger Jaime Portela disse...

Nos tempos que correm, há mãos (muitas) com saudades de outras mãos.
Belo poema, gostei muito. Como sempre.
Bom fim de semana, querida amiga Pi.
Beijo.

sexta-feira, 30 outubro, 2020  
Blogger AC disse...

Uma aragem de emancipação, espero.

Um beijinho, Piedade :)

sexta-feira, 30 outubro, 2020  
Blogger silvioafonso disse...

Meu sábado está chuvoso.
Chuva lá fora e água aqui
dentro, como na vida de
todos nós mascarados.
Um beijo, Piedade e bfs.

sábado, 31 outubro, 2020  
Blogger Mar Arável disse...

Cuidado com as correntes de ar
Bj

domingo, 01 novembro, 2020  
Blogger Porventura escrevo disse...

Já falta de renovação de conteúdos neste blogue
😊

domingo, 01 novembro, 2020  
Blogger Graça Pires disse...

Ao ler o seu poema, minha Amiga, Lembrei-me de um poema do Poeta Fernando Guimarães que diz: "não queiras muitas coisas. Olha para as mãos e vê o que elas podem conter se estão vazias"...
Cuide-se bem e tenha uma boa semana.
Um beijo.

segunda-feira, 02 novembro, 2020  
Blogger Agostinho disse...

"Hoje corre uma aragem" propícia
(?)
à permuta do alento vital, mão a mão
Cada mão dá a outra mão
Trafique-se a droga do amor
custe o que custar,
a qualquer preço,
à luz do dia
Leve-se o bornal de dia
para que a mão lhe chegue
a qualquer hora da noite

A Poeta da mão pequena deu-a
às mãos cheia

Beijo, Piedade.

segunda-feira, 02 novembro, 2020  
Blogger R's Rue disse...

❤️

segunda-feira, 02 novembro, 2020  

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