terça-feira, 24 de julho de 2018

Há poemas esquecidos

MirellaSantana 
Há poemas esquecidos no fundo da noite...
Penetro num espaço que não é meu. Respiro o ar viciado dos cigarros que não fumei, e sinto a solidão nos rostos que desfiam sorrisos na noite parda, esquecida em bebidas agridoces, servidas em copos de vidro. Não há água que sacie a minha sede. A minha garganta está seca. No fundo da sala alguém coloca música misturando sons, que se formam em ecos. Na penumbra. Os corpos oscilam entre espasmos de alegria ou nostalgia disfarçada.
Há poemas esquecidos no meu olhar e no fundo da noite….
©Piedade Araújo Sol 2007-01-09

13 Comentários:

Blogger Rogério G.V. Pereira disse...

Tais espaços
deviam ter, à entrada, um aviso em letras garrafais:

"Reservado o direito de admissão. Proibida a entrada a poetas"

terias evitado um fundo da noite onde a noite (poética) se afunda

terça-feira, 24 julho, 2018  
Blogger Os olhares da Gracinha! disse...

E lindo de se ler Piedade!!!bj

terça-feira, 24 julho, 2018  
Blogger Cidália Ferreira disse...

Bom dia! Excelente prosa poética! Amei!

Beijo e um excelente dia.

terça-feira, 24 julho, 2018  
Blogger Marta Vinhais disse...

Mas nada aqui ficará esquecido...Ou só...
Porque perdura na memória....
Beijos e abraços
Marta

terça-feira, 24 julho, 2018  
Blogger Larissa Santos disse...

Muito belas as tuas palavras :))



Hoje, do Gil António:- Lágrimas tristes sem dono

Bjos
Votos de uma óptima Terça -Feira

terça-feira, 24 julho, 2018  
Blogger Teresa Durães disse...

Há iatos de tempo pela noite

terça-feira, 24 julho, 2018  
Blogger Penélope disse...

Muitas vezes estamos à revelia dos espaços por onde passamos.

Tentando voltar a blogar...

Vai lá dar uma espiadinha nesse texto um tanto existencialista e deixar suas impressões se assim apetecer... 👇

https://fragilidadesdesnudas.blogspot.com/2018/07/com-o-passar-dos-dias.html

terça-feira, 24 julho, 2018  
Blogger Franziska disse...

Es tan dramática la fotografía al borde del precipicio que corta la respiración.

Un abrazo. Feliz semana.

terça-feira, 24 julho, 2018  
Blogger Agostinho disse...

Viva, Piedade.
Julgo ter entrado na medula.
Sabemos do espaço, não nosso, cedido na condição frágil, vítrea, que é ser.
Os pontos de admiração, suspensos da abóbada, do poema que se desprende em vírgulas vertidas, invertidas de nós, em nós.
Bj.

quarta-feira, 25 julho, 2018  
Blogger O Árabe disse...

Bem o sabem os poetas, Piedade: há, sim, poemas esquecidos... no fundo da noite e no fundo de nós! Belo post, bom fim de semana!

sexta-feira, 27 julho, 2018  
Blogger Graça Pires disse...

Às vezes é preciso inventar a nascente e a luz para que os poemas não se percam no "fundo da noite"... Um belíssimo poema, minha Amiga Piedade!
Uma boa semana.
Um beijo.

segunda-feira, 30 julho, 2018  
Blogger Toninho disse...

Noites e seus mistérios Piedade, mas o poema desvenda belamente e aflora-se no colo da poetisa.
Beijos amiga

terça-feira, 31 julho, 2018  
Blogger Ana Freire disse...

Um poema muito belo e introspectivo, Piedade... mais um excepcional momento poético, Piedade... onde se combina profundidade, com uma leve apresentação...
Adorei cada palavra!!!
Deixo um beijinho, um abraço apertado e um até breve, também por aqui, nestas semanitas, em que estarei mais ausente!...
Tudo de bom!
Ana

quinta-feira, 02 agosto, 2018  

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