terça-feira, 13 de junho de 2017

palavras esquivas

Anka Zhuravleva

emudeço em mim este silêncio em que mergulho inteira,
este calar em expiação de causas,
em que não quero premonições,

silêncios que brotam à escassez,
das palavras que se tornaram esquivas,

que ardem violentamente na garganta,
seca,
e que abrasa em efervescência de decisões,
de conflitos,
e de caminhos ainda e sempre por desvendar.

©Piedade Araújo Sol 2017-06-12


24 Comentários:

Blogger Franziska disse...

Acertadísima la imagen que acompaña sus versos, confirma las palabras y las dramatiza aún más.

Con mi admiración, saludos afectuosos y cordiales. Franziska

terça-feira, 13 junho, 2017  
Blogger Cidália Ferreira disse...

Mais um fantástico poema! Adorei.



Beijinhos

terça-feira, 13 junho, 2017  
Blogger Marta Vinhais disse...

Fica-se sem voz...sem que se consiga respirar...
Há sempre momentos de aflição, de desânimo...que quebram o sentido das palavras...
Mas podemos,devemos sempre avançar....
Lindo...
Beijos e abraços
Marta

terça-feira, 13 junho, 2017  
Blogger Victor Barão disse...

Belíssimo Poema.
A poesia é talvez, seguramente, a mais fiel expressão da Vida, em toda a sua subjectividade, desde logo de entre silêncios e palavras: _ "que ardem violentamente na garganta,
seca,
e que abrasa em efervescência de decisões,
de conflitos,
e de caminhos ainda e sempre por desvendar."

Um grato abraço, pelo integral beleza de todo o Poema

terça-feira, 13 junho, 2017  
Blogger Tais Luso de Carvalho disse...

Que belo poema, mostra toda a nossa complexidade, e acompanhado do silêncio... mais belo ficou.

Beijo, Piedade, ótima semana.

terça-feira, 13 junho, 2017  
Blogger Elvira Carvalho disse...

Fixo sempre perplexa com a sua capacidade de se superar a cada novo poema.
Um abraço

terça-feira, 13 junho, 2017  
Blogger Os olhares da Gracinha! disse...

A complexidade própria da vida!
Bj

terça-feira, 13 junho, 2017  
Blogger Pedro Luso de Carvalho disse...

Olá Piedade.
É sempre muito bom vir ao teu blog, onde encontro belos poemas como este. Parabéns.
M abraço.
Pedro

terça-feira, 13 junho, 2017  
Blogger Rogério G.V. Pereira disse...

Belo, como sempre
mas não te comento...
hoje é dia de quadras
hoje é delas
o momento

terça-feira, 13 junho, 2017  
Blogger José Carlos Sant Anna disse...

Do silêncio "e das palavras esquivas" por onde escorre o ruído quente das emoções e por onde "ardem violentamente na garganta, seca" os nós da vida por desfazer ou "por desvendar". Belo poema, Piedade!

terça-feira, 13 junho, 2017  
Blogger Sônia Brandão disse...

Beleza, Piedade.
E como ardem essas e nos sufocam essas palavras presas na garganta.

Grata pela visita.

terça-feira, 13 junho, 2017  
Blogger Toninho disse...

É no nosso mais íntimo silêncio,que se encontram nossas inquietações e mais puros desejos. Bela inspiração. Bjs

quarta-feira, 14 junho, 2017  
Blogger Majo Dutra disse...

São nos momentos profundamente silenciosos
que se iniciam ou corrigem novas direções...
Muito belo
e em perfeita sintonia com a ilustração.
Beijinho, delicada e talentosa poetisa.
~~~~

quinta-feira, 15 junho, 2017  
Blogger (CARLOS - MENINO BEIJA - FLOR) disse...

Li que o grito é a explosão dos "silêncios" de dentro da gente, um dia estoura e vem à tona. Lindo, parabéns.

quinta-feira, 15 junho, 2017  
Blogger Cadinho RoCo disse...

Por vezes o melhor mesmo a fazer é contemplar o silencio e melhor pode ficar em companhia da nossa www.hellowebradio.com ... você. Vem!
Cadinho RoCo

quinta-feira, 15 junho, 2017  
Blogger Francisco Manuel Carrajola Oliveira disse...

Um belo poema de que gostei bastante.
Um abraço e bom fim-de-semana.

Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
Livros-Autografados

sexta-feira, 16 junho, 2017  
Blogger Fá menor disse...

Como entendo!
Por vezes o silêncio é a única saída para se permanecer inteiro.

Bjins

sexta-feira, 16 junho, 2017  
Blogger Maria Rodrigues disse...

Quantas vezes ficamos com as palavras presas na garganta...
Maravilhoso poema
Bom fim de semana
Beijinhos
Maria de
Divagar Sobre Tudo um Pouco

sexta-feira, 16 junho, 2017  
Blogger Diná Fernandes de Oliveira Souza Souza2 disse...

Sensibilidade poética expressando versos maravilhosos, avante... desvendar o que falta desvendar, cumpra sua meta!

Abraços

sábado, 17 junho, 2017  
Blogger Graça Pires disse...

É quando as palavras se tornam esquivas que a voz se torna tão plural como o silêncio...
Um poema maravilhoso!
Uma boa semana.
Um beijo.

domingo, 18 junho, 2017  
Blogger Jaime Portela disse...

Palavras que ardem...
Palavras que brotam do silêncio e fazem um excelente poema.
Gostei muito, como sempre.
Boa semana, querida amiga Piedade.
Beijo.

segunda-feira, 19 junho, 2017  
Blogger O Árabe disse...

Verdade, Piedade: vezes existem em que as palavras se tornam esquivas... mas, nessas ocasiões, é no silêncio dos corações, que encontramos as nossas respostas. Ou novas indagações, quem sabe? Belo post, boa semana!

segunda-feira, 19 junho, 2017  
Blogger Agostinho disse...

Olá, Piedade.
Estive, estou, em ausência. Física e, quase, virtual. Daí o meu silêncio.
No silêncio encontro um turbilhão avassalador de sons, de sentimentos, de proto-fonemas, quase palavras, quase bei... quase faca...

No teu poema - li-o, leio-o em silêncio - vejo nítidos quadros distintos, distinta é a tua escrita, mas vou resumir tudo numa palavra chave que lá puseste, tal como ontem, hoje e sempre: prenominações.

Bj (Sol).

terça-feira, 20 junho, 2017  
Blogger Ana Freire disse...

Um momento introspectivo... que inspirou um magnifico poema!
Adorei cada palavra, Piedade!
Beijinhos
Ana

sábado, 01 julho, 2017  

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