terça-feira, 14 de março de 2017

memórias

Natália Drepina

memórias difusas na monotonia do tempo,
e o sorriso que ainda paira no pensamento,
e o cheiro das flores,
no trazer do vento,
e a luz das estrelas na eira,
e o abraço que não foi dado,
nesse (outro) tempo,
e agora a memória,
que lavro secretamente no papel,
sem ser semente,
apenas tentando entender,
ou encontrar os cristais,
da lágrima que desce,
e cai lentamente,

docemente
no esvair do tempo.

©Piedade Araújo Sol  2017-03-14

16 Comentários:

Blogger Cidália Ferreira disse...

Fantástico poema!

Beijinhos

terça-feira, 14 março, 2017  
Blogger Marta Vinhais disse...

As memórias suspensas no tempo... Como se houvesse ainda tempo...
Para responder... para declarar tudo claramente...
Lindo...
Beijos e abraços
Marta

terça-feira, 14 março, 2017  
Blogger Pedro Luso de Carvalho disse...

Olá Piedade.
Gostei muito do seu poema, memórias; belíssimo poema. Parabéns.
Abraços.
Pedro

terça-feira, 14 março, 2017  
Blogger O Árabe disse...

Lágrimas... cristais que brotam das almas onde ainda vive a poesia! Belo post, Piedade; boa semana.

terça-feira, 14 março, 2017  
Blogger Agostinho disse...

Boa noite, Piedade
Vieste hoje com um poema nostálgico, levemente aguado, desejado. Como soa bem!

Docemente, ainda, a memória do calor,
o beijo da lua nova, roubado,
a percorrer o corpo embriagado.
Ainda hoje! Volta! todos os dias,
generosamente redonda, a lágrima:
a face luminosa daquela que não foi.

Bj.

terça-feira, 14 março, 2017  
Blogger Luis Eme disse...

Memórias com poesia, doce-amarga...

abraço Piedade

terça-feira, 14 março, 2017  
Blogger Elvira Carvalho disse...

Memórias de algo que ficou por fazer, doem sempre.
Um abraço

quarta-feira, 15 março, 2017  
Blogger Rogério G.V. Pereira disse...

Sabes?
nunca consegui
uma lágrima assim

quarta-feira, 15 março, 2017  
Blogger Maré Viva disse...

As memórias que fundem o passado e o presente e não deixem que se percam nem o perfume da flor nem o assobio do vento, nem a estrela cadente que naquela noite o céu riscou.
Poema belo,de uma doce melancolia.

quinta-feira, 16 março, 2017  
Blogger Palavras soltas disse...


Lágrimas de saudades... saudades do bom e do ruim... saudades de tudo.

Belíssimo, Piedade.

quinta-feira, 16 março, 2017  
Blogger carlos pereira disse...

Querida amiga poeta Pi;

"E do vento e do tempo brotou um silêncio perfumado que o cristal da lágrima absorveu."

Maravilhoso poema. Gostei muito.

domingo, 19 março, 2017  
Blogger Majo Dutra disse...

De um lirismo sentido e encantador!
Penso que todos conservamos a memória de uma mágoa semelhante...
Formalmente, senti o poema elegante.
Beijinhos, Amiga.
~~~~~~~~~~~~~~

segunda-feira, 20 março, 2017  
Blogger Graça Pires disse...

Memórias. Episódios que percorrem o sangue de quem escreve, assim, sobrepondo a melancolia à emoção de outros momentos...
Maravilhoso, o poema, Piedade.
Uma boa semana.
Beijo amigo.

segunda-feira, 20 março, 2017  
Blogger Rita Freitas disse...

Há memórias assim, que fazem sair palavras tão belas e emotivas.
Beijinhos

segunda-feira, 20 março, 2017  
Blogger Ana Freire disse...

Encanto e sensibilidade no seu melhor... adorei... este doce esvair do tempo... de leitura deliciosa!
Beijinhos
Ana

quinta-feira, 23 março, 2017  
Blogger AC disse...

Memórias em busca de poiso, mas ainda com um respirar que se faz notar.
Talvez, quem sabe, novas memórias se sobreponham, qual cebola da existência...
(Sempre envolvente, que bom!)

Um beijinho, Piedade :)

sexta-feira, 24 março, 2017  

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