Não olhes as minhas mãos
Anka Zhuravleva
Não olhes as minhas mãos,
não tentes espiar os silêncios,
nem desvendar os segredos dos devaneios,
que ainda guardo nelas.
não tentes espiar os silêncios,
nem desvendar os segredos dos devaneios,
que ainda guardo nelas.
É muito estranho,
mas são elas que muitas vezes – tantas vezes,
escondem no bolso do meu vestido,
os sonhos que ouso sonhar.
mas são elas que muitas vezes – tantas vezes,
escondem no bolso do meu vestido,
os sonhos que ouso sonhar.
E não te inquietes com as rugas vincadas,
que já sulcam o meu rosto,
são mapas soltos, sem nada para analisar,
apenas estórias passadas.
que já sulcam o meu rosto,
são mapas soltos, sem nada para analisar,
apenas estórias passadas.
E como uma oferenda,
olha apenas o poema e sua mensagem,
que as aves deixam soltar,
no seu voo rítmico e sublime.
olha apenas o poema e sua mensagem,
que as aves deixam soltar,
no seu voo rítmico e sublime.
© Piedade Araújo Sol 2017-02-20
19 Comentários:
Bonito poema.
Isabel Sá
Brilhos da Moda
Belíssimo!!
Destas mãos de poeta, a poesia nasce
numa beleza sublime e insubmissa
aos padrões aparentes e
se diz Poesia!...
beijinhos.
Diz a Poeta,"são mapas soltos, sem nada para analisar", no entanto, cartas são, de marear. Nelas estão inscritos os tempos de caminhos e descaminhos, ventos bonançosos de sol e sal e golpes de nortadas agrestes - tormentas e naufrágios.
Mas! Com uma adversativa assim na cabeça das mãos, só pretendo realçar a razão da Poeta na inviolabilidade do que resta nas mãos. O que resta é o segredo, não um segredo, que não se extingue pela perspicácia da intriga oportunista do "tu", de quem quer que seja. Daí o tesouro, o mais profundo, nas mãos, ficar livre da devassa.
Termino. É sempre um gosto ler-te, letra a letra, verso a verso, mesmo quando na intermitência óptica do cacimbo o que parece não é. Eu quase bom.
Bj.
Que fascínio de poema. Parabéns.
Algo aconteceu que a página não aparece. É pena. Eu adorei..
Beijinhos
Um poema que respira paz... Encontra-se o sonho e o olhar distante, sem muros, sem fronteiras...
Lindo...
Beijos e abraços
Marta
Mãos nas mãos
sem idade
Bj
Belíssimo!
Ninguém deve ter a pretensão de sondar memórias e sonhos...
As mãos, as lembranças que elas preservam!
Um poema expressivo e sentido, de que muito gostei.
Beijinhos, Pi Sol.
~~~~~~~~~~~~
Olá Piedade.
Gostei muito desse seu belíssimo poema, Não olhes as minhas mãos, suas bela imagens poéticas e muita sensibilidade. Parabéns.
Abraços.
Pedro.
Bom dia
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Abraço.
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tesouros que as mãos guardam e o rosto vinca, qual mapa escondido, dos sonhos que foram e inscritos ficam. outros sonhos serão, os que a um especial olhar, o privilégio de receber, no poema, a dádiva de entender. e o poema é oferenda. e sublime é o sentimento extraído nas palavras, que voam num destino pré-defenido. como se inquietação fosse, de outro que não a autora. e serve a intenção: sussegar o tempo, esse observador atento e directo.
gostei muito, amiga
um bj.
Mas as mãos dizem tanto...
Excelente poema, gostei imenso.
Bom fim de semana, amiga Piedade.
Beijo.
As mãos revelam tantos segredos, não é mesmo amiga?
Belíssimo poema
Um abraço
cada poema é em boa medida um "renascimento" do poeta.
como se água baptismal fosse a limpar todas as "escórias" da alma.
gostei muito
beijo
(muito bonito o que deixaste no meu blog)
É realmente uma oferenda preciosa este teu poema!
Vincadas pela vida, as mãos se estendem num voo poético de grande dimensão...
Beijinho Pi e bom fim de semana.
Uau, gostei mesmo!
Grato, Piedade!
A memória das mãos desenhadas com a luz e com as sombras. Cada ruga do rosto, um lugar onde a vida se deteve...
Magnífico poema, minha Amiga.
Uma boa semana.
Um beijo.
Mãos que transportam poesia ... quase sempre! Bj
Mais um trabalho magnifico, imbuído de uma encantadora e profunda sensibilidade...
Adorei o poema!
Beijinhos
Ana
Nem sempre há o que desvendar, apenas sentir...
Belíssimo poema, Piedade.
Beijinho.
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