às vezes
Olga Astratova
às vezes ainda pego nos pincéis,
quando fatigada estou das fotografias e da escrita,
dissolvo cores e pinto coisas sem nexo.
quando fatigada estou das fotografias e da escrita,
dissolvo cores e pinto coisas sem nexo.
sem mágoa sem culpa,
apenas abstractos como uma metamorfose, ou catarse
às dores que ficaram desse mês de Janeiro de todos os anos que se sucederam.
apenas abstractos como uma metamorfose, ou catarse
às dores que ficaram desse mês de Janeiro de todos os anos que se sucederam.
às vezes entro na Basílica,
e em monólogos que só eu e tu entendes (entenderias)
falo contigo, para amenizar as cicatrizes que ficaram.
e em monólogos que só eu e tu entendes (entenderias)
falo contigo, para amenizar as cicatrizes que ficaram.
e saio com a alma mais leve,
e o coração fortalecido, mas não esqueço,
dia 1 foi o dia que partiste e dia 11 era o teu aniversário.
e o coração fortalecido, mas não esqueço,
dia 1 foi o dia que partiste e dia 11 era o teu aniversário.
(em memória do meu pai)
© Piedade Araújo Sol 2017-01-11
19 Comentários:
Simplesmente MARAVILHOSO!!!bj
Olá Piedade.
Temos momentos assim com esse, em nossas vidas. E quando a saudade aperta, muitos caminhos odemos trilhar, principalmente no campo das
artes, outros encontram um pouco de paz na religião. São sempre bons
caminhos para esses dias. Parabéns, minha amiga.
Abraços.
Pedro.
Memória viva
Bj
e a cada ano, sobram ou faltam esses dez dias
que apenas vocês os dois podem entender
um beijo, Piedade
Locais, gestos que ficarão sempre escritas na memória....
As saudades, a dor que ficará apaziguada porque se lembra um olhar, uma palavra, uma gargalhada....
Momentos felizes inesquecíveis....
Lindo...
Beijos e abraços
Marta
Poema lindo e tão saudoso!!
Beijo de boa noite
http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/
Há memórias que caminham sempre a nosso lado, dê as voltas que a vida der. Assim são essas.
Um beijinho, Piedade :)
Delicado poema, Piedade. Há sempre uma lembrança que nos traz de volta o que nunca se foi. Bom ouvir estas palavras da terra que tocam um céu por onde "ele" anda.
Beijos, Piedade!
E às vezes a saudade é tão grande, que nem escrita, nem pintura, nem preces, a mitigam
Um abraço
A tua partilha não é monólogo, pressente-se o diálogo,
que havendo cordas não há esquecimento
nem morte
E haverá poesia como
uma vibração no coração
para lá do verbal "entendes"
toda a pele se solta
num formigueiro quente
da paternal mão
Bj
Uma bela homenagem num magnífico poema.
Gostei imenso.
Piedade, tem um bom fim de semana.
Beijo.
Ficam apenas lembranças e saudades...
Belíssimo poema.
Beijinho.
Uma memória que fica
Lindíssimo e comovente. Chorei ao ler este poema porque esta solidão de janeiro também está pegada a mim... Uma homenagem muito delicada à memória do seu pai.
Um beijo, Piedade e uma boa semana.
Saudades doem, sim... e quanto mais doídas, mais belas as páginas que inspiram aos nossos corações! Belo post, Piedade; boa semana.
Tão lindo o poema. A imagem é linda, amo foto preto e branco.
Uma ótima semana!
Beijos!
Um poema lindíssimo, tocante e especial...
Pelo menos fica-nos o calor das memórias... para amenizar o frio por dentro... de todos os Janeiros...
Beijinho! Bom domingo, Piedade!
Ana
muito lindo Pi.
Agora é o seu momento,lembre, sinta falta, mas seja feliz.
Beijo❤️
Ola! Me siga no Google+ e no Blog, que eu sigo de volta. abraços
http://nintudo.blogspot.com.br/
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