areias
Areias na minha mão
que a onda molha e beija
em vão
como se não fosse o tempo
ou o vento em contra mão.
que a onda molha e beija
em vão
como se não fosse o tempo
ou o vento em contra mão.
E a brisa que rente
à cara
fustiga como se vento
fosse castigando
quem se sente pecador ou não.
à cara
fustiga como se vento
fosse castigando
quem se sente pecador ou não.
Abro as mãos e a areia molhada
cai abrupta na dança
que entrelacei nos dedos
desprotegidos da sensação
e da ilusão, dançando no chão.
cai abrupta na dança
que entrelacei nos dedos
desprotegidos da sensação
e da ilusão, dançando no chão.
E fica o perfume do mar
que nas narinas se prende
na quimera de saber ser aroma ou não
melodia sem pauta
sem cifras sem sequer ser canção.
que nas narinas se prende
na quimera de saber ser aroma ou não
melodia sem pauta
sem cifras sem sequer ser canção.
Areias na minha mão
agora, apenas vestígios são
e ficam deitadas na praia
espalhadas e sossegadas
esperando o beijo do mar ou não…
agora, apenas vestígios são
e ficam deitadas na praia
espalhadas e sossegadas
esperando o beijo do mar ou não…
©Piedade Araújo Sol 2017-01-10
22 Comentários:
Lindo! Amei.
Beijinhos
Tenho poema
http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/
Piedade é uma conjugação perfeita!!!
Adorei...bj
Um poema lindíssimo!
Olá Piedade.
Achei o seu Areias um poema belíssimo.
Um poema paraser lido mais de uma vez. Parabéns.
Abraços.
Pedro.
O mar beija sempre a areia da praia...
Declara-se em cada onda num poema escrito com a alma....
Lindo...
Beijos e abraços
Marta
Lindíssimo. Gostei muito.
Um abraço
Areias e perfumes salgados, Piedade...
abraço
Que lindo. Acabei de vir da praia e me deparo com essa bela associação. Beijos minha querida!!
Um poema cheio de ritmo e musicalidade. Apetece bailar na areia...
Belíssima a fotografia!
Um beijo, Piedade
Li ontem, comento hoje.
Queixas-te tu da motivação?
Piedade, tens aqui um poema de encantamento. Tens a veia no ritmo certo e o som silábico sem as asperezas
de consoantes que apunhalem a canção.
Digo, tens dois!
Pego num verso em movimento lento,
como se fosse em câmara lenta e
"abro as mãos e a areia molhada"
moldada nas palmas transfigurada
é escultura única parece aos olhos
que dança um embalo louro de Sol.
Bj
~~~
Uma imagética em temas e aromas em tons de maresia...
Versos cadenciados e sonantes criam o ritmo semelhante a um canto
que combina perfeitamente com a foto singular e perfeita...
Belo...
Bj
~
preciosa imagen..feliz año..un saludo desde Murcia.
Uma dupla maravilha... a imagem e as palavras... para apreciar e reapreciar... também ao som desta musica encantadora...
Incrível trabalho, Piedade!
Beijinhos
Ana
poema balanceado, como ondas a bater na areia.
pois bem se sabe que "há mar e mar..."
beijo
adoro as tuas imagens, Piedade.
Dizem-me anta coisa!
Areias por entre os dedos
nas mãos do mar
Bjs
Poema encantador... e a imagem belíssima.
Beijinho.
Gostei de voltar a entrar neste teu mar...
Bela conjugação da imagem , com as areias que te caem da mão.
Beijinhos e bom fim de semana.
Duas obras de arte: a foto e o poema.
Parabéns por ambos os talentos que possuis, onde a sensibilidade é o traço comum.
Bom resto de domingo e boa semana, querida amiga Piedade.
Beijo.
O mar que nos acalma é um presente de Deus. O pacote é completo: o som das águas acalmam, o areia desestressa quando caminhamos sobre ela, a brisa nos acaricia e refreca nossa alma. Boa semana poeta!
Uma harmonia entre a areia e o mar o teu olhar para testemunhar.
Bjs
No movimento cadenciado se vão conjugando, em discreta e delicada sinfonia, leves despertares de tanta coisa submersa...
Um beijinho, Piedade :)
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