aquela porta
aquela porta sempre ficou,
apenas encostada, e quando fazia vento
ele entrava pelas frestas e eu esquecia,
que fazia vento, e esquecia que era da porta,
e esquecia as distâncias.
apenas encostada, e quando fazia vento
ele entrava pelas frestas e eu esquecia,
que fazia vento, e esquecia que era da porta,
e esquecia as distâncias.
e os dias iam e voltavam,
assim como o vento,
e o seu eco em lamento era,
apenas um detalhe aceso,
no universo das alvoradas.
assim como o vento,
e o seu eco em lamento era,
apenas um detalhe aceso,
no universo das alvoradas.
©Piedade Araújo Sol 2016-07-11
20 Comentários:
Numa figuração poética, o vento e a porta são, assim, em diálogo perene, a cumplicidade dos vivos. Seja no que for, até no amor.
Bj.
E quantas portas e janelas nos fazem sentir essa alma poética!
Gostei bastante...bj
Lindo poema! Amei
Beijo
http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/
Aquela porta de entrada
Que separava o espaço,
Ora aberta, ora fechada,
Não isolava, em nada,
Os pensamentos que faço.
Brilhante, Piedade!
Beijo
SOL
Felizes os poetas! Os seus sonhos viajam por universos desconhecidos, nas asas do vento. Belo post, Piedade; boa semana!
Há dias feitos apenas de cumplicidade..
Lindo..
Beijos e abraços
Marta
Nunca usei trancas na porta
e o suão
é meu irmão
sem idade
e quente
porque aceso
Que lindo, Piedade!
É um poema leve, mas cheio de nostalgia.
Parabéns pelas palavras.
Abraços esmagadores e feliz dia.
Belíssimo poema, repleto
de simbologia espelhada
nas ricas metáforas.
Aprecio muito poemas assim,
de uma grandeza expressiva,
querida poeta.
beijos.
É de uma beleza única o vento a bater em portas e janelas, em folhas, árvores, flores, em nós mesmos.
Lindo!
Beijos!
Algumas portas não consegue-se fechar, e algumas vezes as lembranças entram por ela.
Sônia
Piedade,
O vento às vezes trás nossos fantasmas, que queremos esquecer. Parabéns.
Abraço.
Pedro.
E aquela porta que ao vento se abria... deixava entrar os dias, por companhia...
Maravilhoso poema, Piedade!
Adorei! Beijinhos! Bom fim de semana!
Ana
~~~
Algures, numa localidade distante e isolada,
a porta de uma habitação que se supõe humilde
não veda os elementos da natureza e o canto do
vento não ameniza uma solidão infindável...
Esta é a minha leitura, mas o que realmente
interessa é a beleza e expressividade deste
poema singular...
Beijinho, Poeta amiga.
~~~~~~~~~~~~~~
Sempre bom passar por aqui.Esquecemos as distâncias como se não houvesse portas :)
Beijinhos
Fechar portas é uma atitude radical... pois, quando fechadas, não há alvorada que entre...
Belo poema, gostei imenso.
Piedade, tem um bom fim de semana.
Beijo.
Pormenores que são pormaiores...
Muito bem, Piedade!
Um beijinho :)
Esse "detalhe aceso" continuará a perturbar a porta encostada à passagem do tempo que as distâncias reinventam...
Muito belo, o poema, Piedade.
Um beijo.
Boa semana, Piedade; aguardo o próximo post!
O olhar treinado e sensível da poetisa percebe nuances, detalhes, entalhes, circunstâncias, que passam despercebidos ao comum dos homens. Beijos, Sol.
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