terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Desacertos de inspiração

Christine Ellger
Ás vezes acho que te consigo encontrar,
nos escombros de algum verso, garatujado
nalguma página por aí.
Mas subsistem apenas resquícios de letras,
e nos arquivos inexistentes não vejo nada,
que me retenha a letra.
Perdi-me num desacerto do tempo,
onde todos os desencontros desaguaram em mim,
sem eu sequer saber os motivos.
Mas insisto, e reinvento escritas
reflexos e fios_______ pinto-os e lanço-os no papel,
até serem recuperados e interpretados.


©Piedade Araújo Sol  2016-01-18

30 Comentários:

Blogger Maria Rodrigues disse...

Nos encontros e desencontros da vida o importante é continuarmos a insistir e a reinventar o tempo.
Lindíssimo poema
Beijinhos
Maria

segunda-feira, 18 janeiro, 2016  
Blogger Rogério G.V. Pereira disse...

Insiste
Reinventa
mas não te limites
à arte

intervém
nem que seja a ajudar
a interpretar

terça-feira, 19 janeiro, 2016  
Blogger Henrique Caldeira disse...

a procura, não de impulso, não de conceitos estéticos, mas em contexto. a circunstância de plasmar o afecto e a harmonia, e não desistir perante o ambíguo.
gosto muito do poema, elegantemente ilustrado.
beijinho
:)

terça-feira, 19 janeiro, 2016  
Blogger Cidália Ferreira disse...

Lindo de mais. parabéns

Beijo e um dia feliz.

http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/

terça-feira, 19 janeiro, 2016  
Blogger São disse...

A inspiração por vezes foge, mas acaba por regressar a quem a possui dentro de si, como tu

Beijinhos

terça-feira, 19 janeiro, 2016  
Blogger Agostinho disse...

Como quem põe dependuradas
rimas de palavras no estendal
sem fôlego para cantar
roidas pelo mal de anos de silicose
à espera duma réstia de Sol.

Reflexões de Sol.
Bj

terça-feira, 19 janeiro, 2016  
Blogger São disse...

Só estou para ver se os EUA são ainda mais estúpidos do que eu penso e elegem Trump !

Tudo de bom

terça-feira, 19 janeiro, 2016  
Blogger Silenciosamente ouvindo... disse...

Precisamos todos os dias de insistir e
de nos reiventar, e a amiga sabe
fazê-lo muito bem.

Bjs.
Irene Alves

terça-feira, 19 janeiro, 2016  
Blogger Jaime Portela disse...

A poesia é uma reinvenção permanente das palavras.
É o que aqui acontece neste magnífico poema.
Boa semana, Piedade.
Beijo.

terça-feira, 19 janeiro, 2016  
Blogger Luis Eme disse...

Tu sabes que também vamos lá pela insistência e reinvenção.

abraço Piedade

terça-feira, 19 janeiro, 2016  
Blogger SOL da Esteva disse...

Como te compreendo dentro deste belo Poema!...
Os sentidos também reclamam pausas que não sabemos explicar.


Beijos
SOL

terça-feira, 19 janeiro, 2016  
Blogger Mar Arável disse...

" mas tu insistes em chamar às coisas apenas o nome que elas têm "

terça-feira, 19 janeiro, 2016  
Blogger Marta Vinhais disse...

Reencontra-se, recomeça-se...
Reinventa-se novos sentidos para as palavras e voa-se com o Vento....
Lindo...
Beijos e abraços
Marta

terça-feira, 19 janeiro, 2016  
Blogger Elvira Carvalho disse...

Precisamos de nos reinventar todos os dias. A estagnação mata.
Um abraço

quarta-feira, 20 janeiro, 2016  
Blogger AC disse...

Na reinvenção nos descobrimos, na insistência apuramos os sentidos...
Mais uma bela composição, Piedade!

Um beijinho :)

quarta-feira, 20 janeiro, 2016  
Blogger Diana Machado disse...

que poesia triste, mas esperançosa, mal sei interpretar poesia mas esta interpreto tristemente

quarta-feira, 20 janeiro, 2016  
Blogger Marineide Dan Ribeiro disse...

Sua escrita é linda e melodiosa, embora triste!
Gostei e deixo aqui o meu abraço cordial!

quinta-feira, 21 janeiro, 2016  
Blogger Mário Margaride disse...

Mais um belíssimo poema, amiga Piedade!

Gosto da tua forma de escrever. Sempre muito intensa e sentida.

Adorei!

Bom fim de semana!

Beijinhos!

quinta-feira, 21 janeiro, 2016  
Blogger Ana Freire disse...

E cá para mim... todo o talento... desagua aqui...
Extraordinário poema!!!! Pura inspiração, sim!!!!
Beijinhos
Ana

quinta-feira, 21 janeiro, 2016  
Blogger Majo disse...

~~~
~ Todo o luto necessita de um tempo próprio...

É nessa fase que buscamos até as mais ténues

recordações de um tempo em que fomos felizes.

Com elas, os poetas compõem belíssimos cantos

de amor, muita saudade e desalento, como este.


~~~ Beijinhos, Piedade amiga.~~~~~~
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

quinta-feira, 21 janeiro, 2016  
Blogger MARILENE disse...

Os desencontros nublam os olhos e mancham as palavras, dificultando uma leitura que poderia trazer o entendimento. Mas a correta interpretação acaba chegando. Muito belo seu poema! Bjs.

sexta-feira, 22 janeiro, 2016  
Blogger manuela barroso disse...

E as catarses valem por si mesmo que demorem a encontrar-se no tempo, porque o que é belo ilumina.
Beijinho, Pi. :)

sexta-feira, 22 janeiro, 2016  
Blogger Gaby Lirie disse...

E como dizia Cecília Meireles, a vida só é possível reinventada.

Beijos!

sexta-feira, 22 janeiro, 2016  
Blogger Manuel Veiga disse...

por vezes as palavras demoram na forma definitiva... e ficam a bailar numa espera ate ao momento da colheita...

muito bem, Piedade.

belo teu poema

sábado, 23 janeiro, 2016  
Blogger Fábio Murilo disse...

Descreveu com maestria e beleza a minúcias, as astúcias, os descaminhos e sutilezas da inspiração. Ela faz o que quer e apenas desliza de nossas mãos em momentos de distração. Perfeito. Belo, Sol. Beijos!

domingo, 24 janeiro, 2016  
Blogger mz disse...

O tempo nem sempre está equilibrado com o nosso sentimento, desencontra-mo-nos e, escrevemos para ser nossa testemunha.

Beijos :)

segunda-feira, 25 janeiro, 2016  
Blogger O Árabe disse...

... e quão bem o fazes, Piedade! Belo post, amiga; boa semana!

segunda-feira, 25 janeiro, 2016  
Blogger ONG ALERTA disse...

Lindo Bjbj Lisette.

segunda-feira, 25 janeiro, 2016  
Blogger Graça Pires disse...

Reinventar escritas. Esperar que as palavras deixem de ser esquivas e se colem à pele de quem as quer dizer. Um poema muito belo sobre a inspiração que se tem ou a que falta...
Um beijo, Piedade.

segunda-feira, 25 janeiro, 2016  
Blogger manuela baptista disse...

às vezes,

até dói interpretar


um beijo, Piedade

terça-feira, 26 janeiro, 2016  

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