este silêncio
Entranhado na triste condição de ser mortal
Nas entrelinhas da tarde que antecede a noite
Leio o abraço nostálgico das sombras
Em centelhas de saudade
Na ilusão que arquitectamos no toque dos dedos
Enlaçada no tempo
Que julgávamos imperecível
Lá fora há luz e confiança
Há a Primavera imperturbável
No olhar das crianças
Que corre devagar
No declínio das memórias dos dias findos.
.
Foto: woreczek82
18 Comentários:
Este silêncio moribundo envolve-nos num momento muito complicado, difícil de sanar mas não impossível. Não deixemos, portanto, que as sombras negras que sobre nós páiram atinjam o olhar das crianças que deve ter sempre as cores do arco-íris.
Beijinhos
Bem-hajas!
Então vamos até lá onde essas crianças brincam... e brinquemos também!
Vamos lá para fora?
(como sempre um lindo poema muito bem ilustrado)
O mundo pode ser mágico no silêncio eclodido no olhar duma criança... talvez, em cada um de nós...
Bjs
Chris
Quando dentro de nós é o silêncio e as sombras que imperam, é boa ideia abrir as janelas e ver a Primavera que há lá fora.
Excelente poema, gostei imenso.
Beijos.
sim, vamos até lá fora, vale a pena, quanto mais não seja pelo olhar e sorriso das crianças...
beijos Piedade
Vamos brincar com as crianças e rir com elas...
O silêncio pesado magoa-nos....
Obrigada pela visita
Beijos e abraços
Marta
poema nostalgico. presioneiro da saudade que o alimenta.
e belo. como sempre. aqui
beijos
Essa palavra nostalgia que tantas vezes nos embala o dia...
Bjins
Um silêncio que diz tudo...
Um beijo.
o silêncio
é o ruído a morrer
bonito o seu toque dos dias findos!
um beijo, Piedade
manuela
Querida amiga, Poetisa Pi;
LINDO poema, cheio de magia.
Gostei bastante.
Um beijo.
As memórias podem ser pó, mas também poderão ser centelha. Talvez assim o findar dos dias seja apenas a pausa necessária...
Beijo :)
...e as crianças brincam
simplesmente,
correm as águas.....
indiferentes...
" Vem sentar-te comigo, Lídia , à beira do rio..."
Tudo é sem gramática e alfabetos.
Como se fora de nós
outro mundo existisse,
aí, onde a primavera é primavera
e o inverno é inverno,
e os patos deslisam nas águas lisas
alheios ao dentro das nossas mágoas
reflexos
ecos
conflitos
sombras que durante o tempo que levam a dissipar-se
não vemos, longe das crianças das águas da primavera e dos patos,
que vamos sendo engolidos
pelo tempo...
... e mais um dia se foi.
Seus segredos, os mistérios que não vimos, seus cheiros e formas, agora são ontem.
...e hoje, vai começar tudo de novo.
Meu carinho,
Anderson Fabiano
Já há muito que aqui não vinha e as saudades são justificadas...
Esta poesia enche-nos a alma...
Nostalgia primaveril...
Beijos.
Há silêncios assim que gritam!
beijinhos, Pi
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