eram tão jovens
eram tão jovens. ainda tão jovens. em cada dedo traziam um sonho na velocidade das palavras. apenas palavras. traziam em cada dedo cravos rubros, que se perderam no tempo. no destempo de outro tempo sem tempo. era abril dum ano, um outro ano,do ano em que em cada dedo traziam um sonho silente.
sonhos destapados
cravos amputados
cravos em sangue
em mágoa
em raiva
abril de cores desbotado
correndo
célere em precipícios cavados, encontrados
sonhos moribundos
lunáticos - talvez.
eram potros selvagens
eram tão jovens, ainda tão jovens.
.
Foto:Jaronimo
24 Comentários:
Jovens... selvagens, talvez, por excelência. :) Desejo que a tua Páscoa tenha sido de paz, e tenhas uma boa semana!
olho os cravos de Abril e sinto que alguns os estão a deixar murchar
bjs
Ainda acredito. Ainda tenho sonhos. Ainda quero Abril de novo juntamente com os muitos sorrisos que tinha nessa altura!
Eu acredito! Sempre!
Porque é o que me faz mover e viver!
E hoje no Desfile havia muitos jovens a garantir a continuidade da defesa dos valores de Abril.
Acreditar sempre...por dias melhores...
Beijo d'anjo
nas manhãs por vir
em mil dedos quero abrir
as almas primaveril
o rubro sonho de Abril.
Abraço, Piedade.
E os jovens de hoje?
Onde estão os seus ideais de solidariedade, justiça, fraternidade?
A mim, está a ser difícil encontrá-los...
Saudações democráticas!
A juventude com toda a força e emoção e desejo de liberdade.
Que os cravos sejam sempre vivos!
beijinhos.
Oi, Piedade,
O cravos de abril ainda exalam o cheiro da liberdade, não é mesmo?
Gostaria de convidar você e seus leitores para as comemorações dos dois anos do blog Jazz + Bossa + Baratos Outros:
www.ericocordeiro.blogspot.com
Um fraterno abraço!
tão jovens eram
que destempo
se não encontrarmos abril em cada tempo...
o seu poema é comovente! como um cavalo alado em busca da pradaria
um beijo
manuela
Mas... uma papoila?!!!!!!!... Às tantas, corresponderia mais à verdade, mesmo que destas... nem vestígios de ópio, só frágeis pétalas que se vão enquanto o diabo esfrega um olho!... Que raio de cravo tão esquisito!!!!...
Abraço
É tão lindo este poema a fazer-me viajar no tempo até ao tempo dos sonhos e do cravo numa mão e num sorriso de esperança.
Tocante, Amiga. Obrigada.
Comovente como um lamento.
Lancinante como um grito.
Gostei imenso.
Beijinho, Piedade
Querida Pi
Imagino que fales de quem partiu cedo de mais, em Abril... escolhas ou destinos que não compreendemos.
Um beijo
Daniel
Minha querida
Um silêncio gritado...um Abril por cumprir e um conformismo sem medida.
Deixo um beijinho
Sonhadora
jovens, selvagens, mas sonhadores...
beijinho Piedade
Não podemos deixar murchar os cravos para podermos dá-los aos nossos jovens. Eles precisam deles. Um belo poema.
Beijos.
E continuará a haver jovens e ideais e cravos viçosos.
Beijinho.
Sonhos em nada lunáticos; sempre jovens.....
Porque enquanto houver sonhos....nada morre....
Obrigada pela visita
Beijos e abraços
Marta
Aguardo o próximo post, amiga. Boa semana!
Pelo sonho é que vamos
O povo estava cansado do jugo... acolheu os "lunáticos" de braços abertos e cravos ao peito.
O teu poema é diferente do que é habitual ver-se. E é muitíssimo bom, excelente. Gostei imenso, querida amiga Pi.
Beijos e boa semana.
Abril... passado presente... no poema que aconchega versos e marca os traços tão presentes do passado... que não é recente.
¬
Feliz Maio.
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