sábado, 16 de setembro de 2006

este poema


este poema,
não pode ser só mais um poema,
nem será.
este poema é uma parte de mim em ti,
e eu estendo-a na planura do papel,
como uma mãe deita um filho no seu leito com mil cuidados e ternuras sem fim.
este poema escrevo sem letras pensadas nem procuradas,
são só as letras que lês e não entendes porque as lês,
são um paradoxo de palavras enfeitando os teus cabelos finos e macios como veludo,
que se confundem nos meus dedos entrelaçados na madrugada que caíu sobre mim e sobre nós.
este poema lembra o tempo junto ao rio,
quando eu não sabia que o rio estava perto de mim e de ti,
e que o poema nem existia na planura do papel.
por isso e por tudo o que não sei explicar e tu não irias compreender,
este não é mais um poema é só um e mais um que guardo para que o lances ao rio...

(foto de Graça )

10 Comentários:

Blogger tb disse...

e assim em silêncio o leio para não quebrar o encanto...

sábado, 16 setembro, 2006  
Blogger Palas disse...

Passei por aqui para deixar um Olá e mais uma vez gostei do que li.Bom fim de semana.

sábado, 16 setembro, 2006  
Blogger DE-PROPOSITO disse...

Um olá. Creio que entendi o poema, mas só o entendi porque tenho lido uma série deles que tens publicados. Este é o continuar de uma prece, ou talvez uma saudade que há muito vens deixando transparecer.
Quero que fiques bem.
Manuel

domingo, 17 setembro, 2006  
Blogger Maria Carvalho disse...

Tão belo poema, só mais um poema. Beijos.

domingo, 17 setembro, 2006  
Blogger Pitanga Doce disse...

Sei do que falas. Poemas jogados ao rio! Se os lêm-se com atenção quanta coisa poderia mudar.

beijos ao mar

domingo, 17 setembro, 2006  
Blogger Marta Santos disse...

mais um poema nao porque cada um tem um significado pessoal...

domingo, 17 setembro, 2006  
Blogger  disse...

E fica o dedo pouco acusador numa saudade teimosa…

Que este domingo tenha sido igual aos melhores.

domingo, 17 setembro, 2006  
Blogger greentea disse...

e um poema tão belo quanto a paisagem do fundo: Magoito e as Azenhas e as Maças num mar azul sem fim , debruado a laivos de neblina que às vezes, teimosamente teima em subir a falésia.

segunda-feira, 18 setembro, 2006  
Blogger joshua disse...

É assim, pluma.

segunda-feira, 18 setembro, 2006  
Blogger Meia Lua disse...

Sempre que aqui venho, delicio-me ao ler os teus posts... lindo.
bjinhos

segunda-feira, 18 setembro, 2006  

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